Em sua primeira aparição pública desde que foi promovido da Racing Bulls para a Red Bull na Fórmula 1, Yuki Tsunoda demonstrou não sentir a pressão, após o neozelandês Liam Lawson perder o posto após duas corridas, e projetou grandes resultados no carro da escuderia austríaca, até um pódio na próxima etapa. Tudo isso, baseado nas boas experiências que teve no simulador, segundo ele mesmo.
Após terminar em 12º lugar o GP da Austrália e em 16º a etapa da China, na qual foi o último piloto a cruzar a linha de chegada, o japonês mira o pódio no GP do Japão, diante de sua torcida, e diz não ver seu futuro monoposto, o RB21, com o qual Lawson não conseguiu performar, sendo “tão desafiador”.
“Passei cerca de dois dias no simulador. Daquela experiência, eu não achei tão desafiador de dirigir”, afirmou Tsunoda em evento realizado na sede de Aoyama da Honda, em Tóquio, no Japão. A construtora é parceira da Red Bull e principal financiadora do piloto na categoria. “Tive a impressão de que a parte frontal é muito responsiva, como as pessoas costumam dizer, mas se você perguntar se foi complicado de manusear, eu não diria”, adicionou.
Enquanto o tetracampeão Max Verstappen conquistou um segundo lugar na Austrália e o quarto posto na China com o dito carro difícil de pilotar, Lawson sofreu nas duas provas e terminou em 12º em Xangai, favorecido por três desclassificações, após abandonar a corrida de abertura da temporada.
“Claro, quero configurar o carro provavelmente de forma diferente do Max. Quero desenvolver meu próprio acerto, ter um bom entendimento e, gradualmente, ganhar velocidade”, explicou Tsunoda, que ainda não teve contato com o RB21 - só pilotou a versão do ano passado, o RB20, nos testes de pós-temporada em dezembro.
Há mais de quatro anos na Red Bull, correndo pela satélite Racing Bulls, ele admitiu que não esperava ser chamado para a equipe principal e considera “irreal” sua estreia ser justamente no Japão, no circuito de Suzuka.
“Este é o último ano da parceria entre a Red Bull e a Honda, então correr em Suzuka como um piloto da Red Bull Racing parece destino”, pontuou Tsunoda. “Tudo se encaixou da maneira certa para eu estar aqui hoje. Estava feliz em me juntar à Red Bull, mas quando pensei cuidadosamente, correr pela Red Bull no Grande Prêmio do Japão, de repente, parecia irreal”.
Tsunoda terá, ao menos, uma temporada completa para se provar
Com a segurança de ter sido confirmado como o segundo piloto da Red Bull pelo menos até o final da temporada, o piloto de 24 anos espera demonstrar resultados logo em sua primeira corrida pela equipe e, ambicioso, mira o pódio diante de sua torcida.
“Não quero criar muitas expectativas, mas para este Grande Prêmio do Japão, quero terminar no pódio. Dito isso, sei que não será fácil desde o início”, comentou. “Minha prioridade é, primeiro, entender o carro, como ele se comporta. Se eu gostar de guiá-lo conforme me familiarizo com ele, os resultados virão. E se isso levar a um pódio, seria incrível.”
A terceira etapa da temporada 2025 de Fórmula 1 será realizada no próximo final de semana, no circuito de Suzuka, no Japão. A corrida principal está marcada para domingo (6), às 2h, no horário de Brasília.
