Justiça de São Paulo vai acionar a Fórmula 1 para explicar o contrato novo do GP em Interlagos

Categoria será convocada para dar explicações sobre o acordo, que está suspenso por apresentar falhas

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A Justiça de São Paulo determinou que a Fórmula 1 tem de ser acionada para apresentar explicações sobre o novo contrato feito para realizar GP da categoria em Interlagos. A ordem publicada no Diário da Justiça e registrada nesta quinta-feira no sistema do Tribunal de Justiça (TJ) estabelece que a empresa Formula One World Championship, braço comercial da categoria, também será envolvida no processo que determinou a suspensão do contrato para a realização da prova.

A movimentação da Justiça é um desdobramento da decisão de segunda-feira, quando o juiz Emílio Migliano Neto, da 7ª Vara de Fazenda Pública, determinou a suspensão do contrato de R$ 100 milhões feito pela Prefeitura de São Paulo com a nova empresa responsável para promover e organizar, a MC Brazil Motorsport Holding Ltda. 

GP do Brasil de Fòrmula 1 foi realizado pela última vez em Interlagos no ano de 2019 Foto: Ricardo Moraes/Reuters

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Na decisão, o juiz havia definido a contratação como uma "verdadeira aberração" e apontado duas falhas principais no processo. A primeira é a ausência de licitação. A segunda é a falta de transparência, já que os documentos referentes à contratação da empresa são confidenciais e estão indisponíveis para consulta pública.

A Justiça determinou agora que o autor da ação, o vereador Rubinho Nunes (Patriota), em um prazo de até dez dias providencie as informações necessárias para acionar a Fórmula 1. A categoria deverá ser procurada por um instrumento chamado carta rogatória, instrumento jurídico internacional. Procurada pelo Estadão para comentar o assunto, a Fórmula 1 ainda não retornou o contato.

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São Paulo renovou o contrato com a Fórmula 1 após vencer uma disputa com o Rio de Janeiro, que pretende construir um autódromo na região de Deodoro. Nesse novo acordo, a MC Brazil Motorsport Holding Ltda vai receber cinco parcelas de R$ 20 milhões referentes a cada uma das provas realizadas pelos próximos cinco anos.

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