A pole de Lando Norris na sprint do GP da China de Fórmula 1 quase escapou. Nesta sexta-feira (19), uma confusão nas regras fez o inglês da McLaren perder a posição de honra por alguns segundos, antes da direção de prova corrigir a bobagem. Mas o que levou a isso?
Mais uma vez, o grande arauto do caos na F1 foi o limite de pista, mas não sozinho. É que o Q3 da classificação da sprint viu um festival de voltas deletadas, com Max Verstappen perdendo duas, Lewis Hamilton, Charles Leclerc e o próprio Norris, entre outros, também vendo seus tempos serem cancelados.
Acontece que Norris teve aplicada, por alguns segundos, a sanção que serve para algumas outras etapas do calendário. Não para China. Quer dizer: o inglês infringiu os limites de pista justamente na última curva, o que, em algumas pistas, desemboca em uma ‘dupla punição’: volta atual e seguinte deletadas. Em Xangai, não.
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Tal regra quase nunca tem impacto algum porque raramente os pilotos conseguem emendar duas voltas rápidas seguidas. A China foi uma exceção pois, além de ser uma classificação mais curta, para sprint, ainda teve o Q3 disputado no molhado, condição que geralmente faz os carros empilharem giros seguidos. Daí a confusão no caso de Lando.
Assim que Norris teve a penúltima volta deletada, a seguinte já foi junto, mas o britânico não cometeu infração alguma, era a tal punição dupla. No Bahrein, este ano, além de Abu Dhabi e Estados Unidos, em 2023, a decisão estaria correta, mas as regras divulgadas antes do fim de semana pela direção de prova já informavam que isso não aconteceria na China.
A conclusão, explicada depois por Andrea Stella, chefe da McLaren, então, é: Norris infringiu os limites de pista, sim, mas na última curva da penúltima volta. O giro da pole, assim, foi limpo, dentro das regras previamente acertadas pela direção de prova do GP da China.
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