Privatização do Autódromo de Interlagos preocupa Felipe Massa

Piloto brasileiro pede transparência em negociações para evitar a perda de mais um circuito no automobilismo brasileiro

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Felipe Massa demonstrou nesta quinta-feira preocupação com o futuro do Autódromo de Interlagos, cujo projeto de privatização foi aprovado em primeira votação pelos vereadores de São Paulo na Câmara de Vereadores, na quarta. O prefeito João Doria espera levar o autódromo a leilão até abril de 2018.

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Em Interlagos, para a disputa do GP do Brasil de Fórmula 1 neste fim de semana, Massa foi cauteloso ao comentar sobre a possibilidade de privatização. Mas indicou preocupação com o futuro do local.

Felipe Massa durante coletiva da Williams em Interlagos Foto: Werther Santana/Estadão

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"Quem vai comprar? Como vai ser? Quais são as ideias? Acho que, se for privatizar Interlagos para melhorar, para a nova empresa tomar conta do local, da pista, e fazer mais eventos e corridas, por que não? Mas é importante saber o que vai acontecer com Interlagos, quem vai entrar e como vai fazer", declarou o piloto da Williams.

No mundo do automobilismo brasileiro, há preocupação com a possibilidade de se perder o circuito nos próximos anos, embora o projeto que tramita na Câmara exija a manutenção do autódromo - a mesma exigência não vale para o Kartódromo Ayrton Senna, no mesmo terreno. Recentemente, o país perdeu outro importante traçado, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. O local deu lugar ao Parque Olímpico, uma das sedes dos Jogos do Rio-2016.

"Infelizmente, essas coisas acontecem. Acho que, se a gente perder outro circuito importante, como era Jacarepaguá e como é Interlagos hoje, teremos mais um motivo de tristeza para o automobilismo mundial e brasileiro", afirmou Massa.

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O prefeito João Doria espera arrecadar pelo menos R$ 2 bilhões com a privatização do complexo. Segundo a atual gestão municipal, o autódromo tem custo de manutenção estimado em R$ 55 milhões por ano. Pelo projeto que está na Câmara, o futuro comprador de Interlagos terá de assumir os contratos já assinados pela Prefeitura envolvendo o uso do autódromo, caso do GP do Brasil de F-1, com vínculo até 2020.

Já as regras de uso e ocupação do solo que definirão o que poderá ser construído nas demais áreas do terreno e quais os limites de verticalização serão definidas por meio de um Projeto de Intervenção Urbana (PIU), que será feito pela Prefeitura e aprovado por Doria por meio de decreto.

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