Schumacher não disputaria 500 Milhas

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Por Agencia Estado
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O pentacampeão mundial de Fórmula 1, Michael Schumacher afirmou nesta quinta-feira que nunca disputará as 500 Milhas de Indianápolis, prova da Indy Racing League (IRL), no circuito oval do autódromo onde nesta sexta-feira começa a ser realizada a penúltima etapa da temporada da F1. "Para mim, é uma corrida muito perigosa. Não arriscaria minha vida apenas por dinheiro", justificou o piloto alemão da Ferrari. O que os norte-americanos começarão a ver nesta sexta-feira, nos primeiros treinos livres do GP dos Estados Unidos, pouco se relaciona com o que eles mais gostam: elevada velocidade e imprevisibilidade total de resultado. Mesmo sem conhecer bem a Fórmula 1, eles sabem que salvo um imprevisto, mas dos grandes, a vitória ficará com um dos pilotos da Ferrari. Curiosamente, os norte-americanos ouviram do maior piloto em atividade da Fórmula 1, e um dos melhores de todos os tempos, que as corridas nos ovais não lhe atraem. "Quase fui convencido a fazer um teste, em 1992, na época em que Ayrton Senna também testou para a Penske", contou Schumacher. "Nas provas disputadas em ovais, basta assistir as 10 voltas finais, tudo se resolvi ali." As corridas de Esporte-Protótipos, porém, podem um dia interessar a Schumacher, como as 24 horas de Le Mans. "Pode ser que eu corra, mas isso ainda está distante de acontecer", revelou o alemão, que já defendeu a Mercedes na categoria, em 1989 e 1990. Como sempre, os norte-americanos fazem de tudo para receber bem a Fórmula 1. A cada ano mais e mais facilidades no autódromo são criadas. Fora da Europa, não há acomodações melhores para as equipes que as oferecidas por Tony George, presidente do Indianapolis Motor Speedway. Os famosos muros das curvas 12 e 13 receberam uma proteção especial, já usada este ano nas 500 Milhas vencidas por Hélio Castro Neves, da Penske, para absorver os impactos, sempre em velocidade bastante elevadas. É o chamado muro mole. Com o título de pilotos e de construtores definidos, o que está em jogo é o vice-campeonato. Rubens Barrichello, companheiro de Schumacher na Ferrari, afirmou nesta quinta-feira que suas chances são boas de conquistá-lo já domingo. O brasileiro tem 61 pontos, diante de 44 de Juan Pablo Montoya e 42 de Ralf Schumacher, ambos da Williams. Se Rubinho somar mais três pontos, independente do que fizer o colombiano ou o alemão, o vice já é seu. Schumacher e Barrichello já fizeram sete dobradinhas este ano, quatro com o alemão em primeiro. É o recorde da Ferrari num mesmo campeonato. No total, os dois têm 13 dobradinhas. Se domingo terminarem novamente em primeiro e segundo, empatam com a dupla Ayrton Senna e Alain Prost, que juntos conquistaram 14 delas. Ausente - Felipe Massa será substituído por Heinz-Harald Frentzen, na Sauber. Sua punição no GP da Itália, contudo, continua gerando polêmica. Nesta quinta-feira, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) esclareceu que Massa pode correr no Japão, última etapa da temporada, dia 13, que as 10 posições perdidas no grid, por ter sido o responsável pelo acidente com Pedro de la Rosa em Monza, não terá mais efeito. Ela vale apenas para a etapa seguinte do campeonato, mas como a Sauber terá Frentzen, Massa pode correr em Suzuka sem problemas. "Não faz o menor sentido", disse nesta quinta-feira Niki Lauda, da Jaguar. "A equipe não teve nenhuma pena." David Coulthard, da McLaren, reforçou sua sugestão: "Essas coisas acontecem porque na Fórmula 1 há muitos comissários desportivos, cada um interpreta de uma forma os acidentes. Temos de ter ao menos um comissário fixo". A cada prova são três deles, dois escolhidos pela FIA e um local. Novidades - A Jaguar deve anunciar nesta sexta-feira o australiano Mark Webber como substituto de Eddie Irvine em 2003. A Ford, dona da Jaguar, fornecerá motores ainda para a Jordan e a Minardi. A Arrows não apareceu em Indianápolis, como se esperava, e todos na Fórmula 1 a dão como uma escuderia encerrada.

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