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Olimpíadas 2024: Como é acompanhar os Jogos do alto da Torre Eiffel?

Principal monumento de Paris permanece aberta a turistas, que aproveitam interrupções na programação olímpica para desfrutar da paisagem

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Foto do author Marcos Antomil
Foto do author Ricardo Magatti

PARIS - Do alto da Torre Eiffel se enxerga praticamente toda Paris, pontos turísticos espalhados na capital francesa e locais que recebem provas das Olimpíadas 2024. Durante os Jogos, o acesso ao monumento mais conhecido do país europeu funciona normalmente. Quem gosta de vôlei de praia e não conseguiu o ingresso para ver as partidas pode ousar dar uma espiada, mesmo que de longe, no que está acontecendo na arena vizinha.

Por questões de segurança e organização, Paris funciona com diversos bloqueios no entorno dos locais de competição. Na maioria deles, a estação de metrô mais próxima se encontra fechada. Para chegar à Torre Eiffel, o turista deve seguir atentamente as placas para não errar o caminho e ficar distante da entrada do monumento.

Arena do vôlei de praia foi construída aos pés do Torre Eiffel, em Paris. Foto: Louise Delmotte/AP

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A cada passo que se dá nas ruas do entorno da Torre Eiffel, encontra-se um ângulo melhor para retratos e selfies aos pés do monumento. Após passar por um detector de metais e um belo jardim, o turista fica sob a torre em uma vasta praça onde pode escolher fazer alguma atividade ao ar livre, comer algo rápido ou comprar o ingresso para subir a torre e observar Paris do alto.

Há duas opções de ingresso para a Torre Eiffel. O primeiro - com preço de 22,60 euros para subir de elevador ou 14,20 euros para ir de escada, com cerca de dez lances - leva o turista ao segundo andar, onde há pontos para compra de comida e de lembrancinhas. Quem quiser acessar o ponto mais alto do monumento deve chegar cedo e ter muita paciência na fila. O investimento é mais salgado: 35,30 para subir pelo elevador e 26,90 pelas escadas.

A reportagem do Estadão subiu ao segundo andar da Torre Eiffel. É possível observar Paris por todos os ângulos. Para os curiosos, há lunetas posicionadas ao redor do parapeito, que conta com proteção extra, com grades para impedir quedas. A vista é tão empolgante do alto, que é comum ver os visitantes rodarem em círculos para desfrutar mais um pouco da paisagem viciante.

A maioria dos turistas com quem a reportagem conversou na visita à Torre Eiffel contou que aproveitaram uma lacuna na programação que tinham dos Jogos Olímpicos para conhecer o local. “Estamos aproveitando Paris pela sexta vez. Já vimos vôlei de praia, futebol e ainda vamos ao basquete”, contou o casal Heloisa e Arno Kladt, professora e engenheiro aposentados.

Em ação, a brasileira Barbara Seixas saca durante jogo da fase preliminar do vôlei de praia nos Jogos de Paris. Foto: Louise Delmotte/AP

Vizinha de fundo do vôlei de praia está a arena do judô, montada no Campo de Marte parisiense. Após o encerramento da modalidade nas Olimpíadas, o local passará a receber as lutas livre e greco-romana. Por outro ângulo da Torre Eiffel, avista-se o Trocadéro, onde foi montada a parte final da cerimônia de abertura, ocorrida na última sexta-feira, e serve de cenário para a marcha atlética e a chegada do ciclismo de estrada.

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A leste, na sequência do rio Sena, estão a Ponte Alexandre III - de onde partem as provas que usaram as águas do rio, triatlo e maratona aquática -, a Praça da Concórdia (skate, BMX freestyle, breaking e basquete 3x3) e o Grand Palais (esgrima e taekwondo).

Para descer da Torre Eiffel, você deve esperar o elevador retornar ao andar. Há sempre um ascensorista presente, que organiza a entrada e saída de turistas. Primeiramente, abre-se uma porta para que desembarquem os novos visitantes. Depois que todos desceram, outra porta se abre para a entrada dos que já desfrutaram da paisagem. Na descida, é oferecida uma parada no primeiro andar para o restaurante.

Vista geral da arena de vôlei de praia, montada a poucos metros da Torre Eiffel Foto: Thomas Samson/AFP

Praia na Torre Eiffel

O calor é forte, às vezes insuportável em Paris, sobretudo nas arenas abertas. A estrutura do vôlei de praia é uma delas. Ao menos os atletas e torcedores nas arquibancadas têm um cenário deslumbrante às suas vistas. A arena da modalidade fica dentro do Estádio Torre Eiffel, aos pés do mais importante ponto turístico da capital francesa, e dentro do Campo de Marte, uma das grandes áreas verdes parisienses.

O vôlei de praia é disputado em uma arena para 12 mil pessoas, a poucos metros do principal cartão-postal das Olimpíadas. A reportagem acompanhou uma partida no espaço, cheio de franceses para torcer pelos anfitriões Youssef Krou e Arnaud Gauthier-Rat. Deixaram a arena chateados com a derrota por 2 a 0 para os americanos Miles Evans e Chase Budinger. A areia é fofa e havia sido castigada pelas chuvas. O tempo, porém, virou completamente em Paris. Terça-feira registrou 35ºC. Daí a necessidade de atletas e espectadores se hidratarem, usarem bonés e abusarem do protetor solar.

Erguida em aproximadamente quatro meses, a estrutura esportiva comporta cinco quadras, duas áreas de aquecimento e duas de treino. O espaço também sediará a competição de futebol para cegos nos Jogos Paralímpicos Paris, evento subsequente às Olimpíadas.

Foi na areia quente sob a torre construída pelo engenheiro Alexandre Gustave Eiffel em 1889 que Ana Patrícia e Duda, líderes do ranking mundial, venceram seus dois primeiros jogos na competição. Duas vitória também somou a outra dupla feminina do País, formada por Bárbara Seixas, campeã olímpica na Rio-2016, e Carol Solberg.

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