PUBLICIDADE

Cruzeiro usa Wallace, atropela Minas, conquista título e se torna o maior campeão da Superliga

Equipe cruzeirense não toma conhecimento do rival, faz 3 sets a 0 e fatura oitavo título da competição; oposto entra na partida no primeiro set após punição imposta pelo COB e contornada na Justiça esportiva

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O Cruzeiro venceu o Minas por 3 sets a 0 na final da Superliga neste domingo, dia 30, em São José dos Campos, e conquistou o seu oitavo título da competição. Com a vitória, a equipe se isolou na lista de maiores campeões e manteve sua dinastia. Nos últimos dez anos, o clube faturou sete títulos da liga. Os segredos são inúmeros, mas um ganha destaque: sua gestão. Wallace saiu do banco para ajudar a equipe após ter sido punido por declarações contra o presidente Lula.

Dominante do começo ao fim do jogo, o Cruzeiro não deu chance ao Minas e venceu os três sets. Apostando em bons saques e na ótima atuação do ponteiro Miguel López, autor de 22 pontos, as parciais foram 25/18, 25/19 e 25/20.

Cruzeiro e Minas se enfrentam na final Superliga. Foto: Maurício Val/FVImagem/CBV

PUBLICIDADE

É o quinto título conquistado pelo Cruzeiro na temporada. O clube, além da Superliga, também festejou o Mineiro, a Supercopa, a Copa Brasil e o Sul-Americano. Já o Minas amarga o seu terceiro vice-campeonato consecutivo. O time construiu sua hegemonia e parece que ela vai perdurar ainda bons anos.

A partida também marcou a despedida de dois jogadores do Minas das quadras: o levantador William Arjona, campeão olímpico no Rio, e o oposto Leandro Vissotto, campeão mundial e vice olímpico em Londres. Quem retornou as quadras foi Wallace, que marcou o ponto da vitória do Cruzeiro. O jogador havia sido punido por declarações contra o presidente Lula, mas teve seu processo mudado e ele foi liberado para atuar.

Entre vaias e aplausos, Wallace saiu do banco no primeiro set para ficar até o fim. Ele havia havia sido suspenso das quadras por três meses após publicar uma postagem nas redes sociais onde incitava violência contra o Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A suspensão foi imposta pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

Depois, a pena foi revogada e ele foi liberado para atua. Wallace já tinha anunciado que não jogaria mais na seleção brasileira. Ele chegou a se desculpar e disse que nunca quis incitar a violência. Nas redes, ele questionou os internautas sobre quem daria um “tiro na cara” de Lula. Isso ocorreu em um momento bastante tenso entre as eleições para presidente, entre Lula e Bolsonaro.

“Cometi um erro fora de quadra, do qual me desculpei e me arrependi. Não desejo que nenhum atleta passe por isso. Foi difícil”, disse Wallace.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.