Marido da bicampeã olímpica Fabiana Claudino acusa Carrefour de racismo

Em redes sociais, Vinícius de Paula se pronuncia sobre o episódio, que aconteceu na sexta-feira, em Alphaville

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Por Redação
Atualização:

Marido de Fabiana Claudino, bicampeã olímpica de vôlei, sofreu racismo em uma das unidades da rede de mercados Carrefour. Vinícius de Paula postou um vídeo em suas redes sociais com uma declaração, ao lado de Fabi e do advogado, Hédio Silva Jr., sobre o episódio que ocorreu em Alphaville, em São Paulo, na última sexta-feira, dia 7.

Segundo o jornal O Globo, Vinícius tentou usar um caixa preferencial sem clientes, mas a funcionária explicou que não poderia atende-lo, pois poderia receber uma multa. Ao se dirigir a outro caixa, Vinícius viu a mesma atendente receber uma cliente branca sem prioridade. “Ninguém soube explicar, mas eu sei o que aconteceu. Sei o que senti. Se o Carrefour não fosse uma empresa com histórico racista, eu ia dizer que foi simplesmente uma situação não comum”, disse Vinícius ao jornal do Rio.

“O Carrefour é uma empresa que não aprende e não esquece nada. Uma empresa que mata negros, que humilha, que ultraja, que constrange. O que o Vinícius de Paula passou ontem é crime. Está absolutamente traumatizado do ponto de vista emocional, psíquico, e pelo jeito, o Carrefour não implantou nenhum programa significativo e substantivo (para combater o racismo), e dessa vez isso não vai ficar impune.”, comentou o representando de Vinícius, Hédio Silva Jr.

Fabiana Claudino defendeu o Brasil em três edições de Jogos Olímpicos na carreira.  Foto: YVES HERMAN / REUTERS

Carrefour se posiciona

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Após o ocorrido, o Carrefour divulgou uma nota oficial. Nela, a rede de supermercados informa que a funcionária envolvida na situação estava em período de experiência e foi desligada da empresa imediatamente. Além disso, a empresa informa que mantém contato com a família de Vinícius de Paula desde então para a resolução da situação.

Não é a primeira vez que uma unidade da rede de mercados do Carrefour é envolvida em um episódio de racismo no Brasil. Em novembro de 2020, no dia da consciência negra, um homem foi espancado até a morte por um segurança de uma unidade da rede em Porto Alegre.

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Confira a nota do Carrefour na íntegra

O Carrefour informa que às 15h do dia 07/04 o Sr. Vinicius teve o atendimento recusado por uma operadora de caixa na fila preferencial, sem justificativa. A colaboradora, que estava em período de experiência, foi imediatamente afastada pela gerência e desligada no mesmo dia. Acolhemos o cliente no mesmo momento, tendo seguido em contato com ele desde então - e continuamos abertos ao diálogo. Lamentamos profundamente a dor causada ao Sr. Vinicius e sua família. Nossa política é de tolerância zero contra qualquer tipo de comportamento desrespeitoso, além de promover esforços constantes na conscientização dos nossos colaboradores.

Nos últimos dois anos o Carrefour assumiu a responsabilidade de fazer uma transformação de dentro para fora no combate ao racismo estrutural no país, com investimento de mais de R$ 115 milhões, com maior foco na área de educação. Todos os nossos colaboradores são constantemente capacitados para uma postura antirracista e recentemente firmamos uma parceria com a Faculdade Zumbi dos Palmares para criação do primeiro curso de nível superior para formação de profissionais na área de segurança visando combater o racismo.

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