Há 30 anos, o vôlei brasileiro marcava a história do esporte no País, com a medalha de ouro da seleção masculina nos Jogos Olímpicos de Barcelona, definindo uma nova era. Três décadas após a vitória por 3 sets a 0 sobre a Holanda na decisão, muita coisa mudou. O ace de Marcelo Negrão garantiu não somente a medalha de ouro, mas colocou o vôlei brasileiro em um novo patamar.
O técnico José Roberto Guimarães liderou a equipe e, até hoje, segue fazendo história em quadra, atualmente no comando da seleção feminina. Ele destacou a grande campanha do time. “Ter feito parte daquele grupo, que fez história para o nosso país. E as duas coisas que prezo muito são a minha família e o meu país. E aquela foi uma conquista muito importante. Representamos bem o nosso país. Uma vitória como aquela, primeiro ouro em esportes coletivos, o jeito como foi comemorado. Temos que continuar comemorando”, relembrou o treinador, que antes da final, queria evitar o clima de "já ganhou". O Brasil havia vencido os holandeses na primeira fase.
Foram oito vitórias nas oito partidas, apenas três sets perdidos e um título marcante para uma equipe que não estava entre as principais favoritas. Foi também a primeira medalha de esportes coletivos do Brasil em Jogos Olímpicos.
A capa do Estadão no dia seguinte ao título foi de exaltação ao primeiro lugar conquistado de forma inédita: "Brasil impõe o melhor vôlei do mundo". "Somos do terceiro mundo, mas nosso vôlei é do primeiro", disse Tande após a vitória na final. A conquista histórica determinou o rumo do vôlei brasileiro. De lá para cá, foram cinco títulos olímpicos, sendo três para a seleção masculina e dois com a feminina.
A seleção brasileira masculina campeã olímpica em 1992 era formada por Tande, Giovane, Carlão, Marcelo Negrão, Maurício, Paulão, Talmo, Pampa, Janélson, Jorge Edson, Amauri e Douglas Chiarotti.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.