Wada confirma maconha como substância proibida no esporte

Agência Mundial Antidoping mantém Cannabis com o status THC, que representa risco à saúde neurológica do atleta, violando assim o espírito do esporte

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Por Estadão Conteúdo
Atualização:

A Agência Mundial Antidoping (Wada) não se submeteu à pressão externa e manteve a maconha na lista de substâncias proibidas para 2023. O Cannabis segue tendo o status THC, por, na visão da Comissão Executiva da Wada, representar risco à saúde neurológica do atleta, violando assim o espírito do esporte.

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Em outras palavras, o THC é proibido por ter propriedades psicoativas. No entanto, o canabidiol (CBD) já é uma febre entre os atletas. A substância, que é encontrada na maconha, já vem sendo utilizada, em forma de creme, por vários ícones do esporte, a exemplo do skatista Pedro Barros, do maratonista Daniel Chaves, do tenista Bruno Soares, e da jogadora de futebol Megan Rapinoe.

A lista é atualizada todo ano pela Wada, através de uma Comissão Executiva. A entidade afirmou ainda que buscará novos estudos para tentar definir o impacto neurológico causado pelo THC e se a substância realmente afeta na melhoria do desempenho de um atleta de alto rendimento.

Agência Mundial Antidoping mantém Cannabis com o status THC, que representa risco à saúde neurológica do atleta, violando assim o espírito do esporte Foto: Simon Maina/AFP

A WADA, no entanto, deixou de fora da lista o Tramadol (opióide usado como analgésico), mas incluiu o Voxelotor, que auxilia a hemoglobina na captação de oxigênio. De acordo com a entidade, a substância aumenta a saturação arterial do oxigênio.

A lista começa a valer a partir deste domingo (1º de janeiro). A Wada afirmou que a lista é montada após uma série de reuniões e consultorias com especialistas e é aprovada pelo Comitê de Saúde, Medicina e Pesquisa (HMR) da agência.

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