Cada equipe que disputou a Fórmula 1 em 2024 gastou, em média, cerca de US$ 200 mil a cada uma das 24 etapas da temporada. Esse valor foi alcançado com uma grande ajuda da Williams: apenas no GP de São Paulo o time de Grove foi obrigado a gastar US$ 3 milhões para reparar os carros de Alexander Albon e Franco Colapinto, este último envolvido em duas batidas no fim de semana em Interlagos. No segundo acidente envolvendo o argentino a gravidade foi tamanha que a corrida teve que ser interrompida para retirar o carro e os detritos em um dos trechos onde os carros estão próximos de sua velocidade máxima.
Vale lembrar que as despesas para reparar carros acidentados devem ser incluídas no teto de gastos que a Federação Internacional do Automóvel (FIA) estipula para cada equipe. Em 2024 esse valor foi US$ 135 milhões. De acordo com pesquisa feita pelo site romeno Scuderia Fans, a Williams gastou mais de 10% dessa cota apenas para recuperar os estragos feitos por seus três pilotos, Alexander Albon, Logan Sargeant e Franco Colapinto. Juntos eles foram responsáveis por consertos que totalizaram US$ 14.393.184,00, exatos 10,66% daquele total. Isso significa aproximadamente US$ 600,000,00 por etapa. No lado oposto, a campeã McLaren desembolsou a média de US$ 102 mil por GP.
Quando uma equipe de competição profissional monta seu orçamento para uma temporada é previsto um valor para reparações e peças de reposição. Na prática, porém, ao final do ano esse montante varia muito já que pode incluir custos de horas extras pagos os seus funcionários por causa do calendário que chega a ter três corridas em três fins de semana consecutivos.
No caso da Williams a situação chegou a tal ponto que nas etapas finais algumas equipes emprestaram peças para que Albon e Colapinto pudessem participar das provas. Como o time inglês não previa que gastaria 10% do seu orçamento apenas para consertos, o teto de gastos regulamentar foi ultrapassado. Para evitar uma multa por infringir esse limite a equipe fundada por Sir Frank Williams (1942-2021), poderá abater o excesso do teto de gastos de 2025. Para 2026, quando o regulamento da categoria vai mudar, as equipes poderão gastar até US$ 220 milhões.
Confira as contas de funilaria e pintura
Veja quanto cada equipe gastou em reparação automotiva em 2024
Equipe - Total - Média por prova (valores em US$)
Williams - 14.393.184 - 599.716,00
Red Bull - 6.394.336,00 - 266.430,67
Ferrari - 5.088.304,00 - 212.012,67
Aston Martin - 4.550.000,00 - 189.583,33
Mercedes - 4.511.104,00 - 187.962,67
Racing Bulls - 3833.648,00 - 159.735,33
Sauber - 3.041.376, 00 - 126.724,00
Haas - 2.772.8848,00 - 115.535,33
Alpine - 2.465.840,00 - 102.743,33
McLaren - 2.441.088 - 101.712,00
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.