O que estão compartilhando: que o agente do serviço secreto Jonathan Willis disse que foi impedido de agir contra o atirador que disparou contra o ex-presidente americano Donald Trump em um comício em Butler, na Pensilvânia, no último sábado, 13.
O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. O Serviço Secreto e o Departamento de Polícia de Butler informaram que não têm agentes, oficiais ou funcionários com o nome “Jonathan Willis” em resposta ao site de checagem Factcheck.org e à agência de notícias Associated Press (AP). A mensagem do falso “agente do serviço secreto” foi publicada originalmente no 4chan, uma plataforma onde qualquer pessoa pode postar imagens e comentários anonimamente. O homem que atirou contra Trump foi morto momentos depois de abrir fogo contra os participantes do comício.
Saiba mais: A postagem falsa afirma que um agente do Serviço Secreto, que se identifica como Jonathan Willis, teria relatado que manteve o atirador de Trump na mira por 3 minutos, mas o “chefe do Serviço Secreto” teria recusado autorização para disparo.
Tanto o Serviço Secreto como o Departamento de Polícia de Butler desmentiram o relato em resposta a veículos de imprensa americanos. Um porta-voz do Serviço Secreto disse à AP que os atiradores de elite são treinados e instruídos a agir sempre que veem uma ameaça e não aguardam instruções antes de atirar para neutralizar um suspeito.
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Nesta segunda-feira, 15, a diretora do Serviço Secreto, Kimberly Cheatle, declarou que os agentes que estavam em campo agiram rapidamente durante o incidente, neutralizando o atirador e implementando medidas de proteção para garantir a segurança de Trump.
Cheatle adicionou que, desde o tiroteio, tem mantido contato constante com os agentes do Serviço Secreto na Pensilvânia, que trabalharam para manter a integridade da cena do crime até que o FBI assumisse o papel de principal agência de investigação da tentativa de assassinato. Informações sobre as investigações estão sendo atualizadas por meio de comunicados à imprensa no site oficial do FBI.
Relato foi publicado em fórum na internet
Uma pesquisa sobre esse relato na internet direciona a sites em inglês, como o Hindustan Times e o Times Now World. Ambos enfatizam ser pouco provável que o relato de “Jonathan Willis” seja verdade, dado que foi publicado na plataforma de comentários anônimos 4chan.
O relato de “Willis” foi publicado no 4chan no domingo, 14, com o título “ELES NÃO ME DEIXARAM MATAR O ATIRADOR” e anexado a uma fotografia tirada da AP. A imagem mostra dois atiradores policiais em atividade após tiros serem disparados contra Trump.
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O texto diz: “Meu nome é Jonathan Willis. Sou o policial que aparece na famosa foto dos dois atiradores no telhado do comício de Trump. Vim aqui para informar ao público que tive o assassino em minha mira por pelo menos 3 minutos, mas o chefe do serviço secreto se recusou a dar a ordem para abater o criminoso. 100% da alta cúpula me impediu de matar o assassino antes que ele disparasse contra o presidente Trump”.
Como lidar com postagens desse tipo: A postagem verificada aqui não é confiável pois replica uma informação postada anonimamente. É importante priorizar as informações que estão sendo divulgadas por veículos oficiais e pela imprensa.
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