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É falso que pré-candidata em Goiânia tenha sido presa por ‘trocar relação por voto’

Postagens nas rede sociais utilizam foto de 2019 de prisão por tráfico de drogas para espalhar desinformação

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Foto do author Luciana Marschall

O que estão compartilhando: posts no Instagram e no TikTok com a foto de uma mulher loira de costas em frente a um cartaz da Polícia Civil do Estado de Goiás. A imagem é acompanhada da legenda “pré-candidata é presa em Goiânia por trocar relação por voto”.

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O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. A foto não é recente e nem retrata uma mulher pré-candidata de Goiânia nas eleições de 2024. Na verdade, trata-se de uma suspeita de tráfico de drogas presa em 2019, em Capão da Canoa, no Rio Grande do Sul. O caso foi noticiado à época pelo site GZH, que publicou a foto.

A imagem original possui um fundo que mostra a logo da Polícia Civil gaúcha, que nas peças que circulam agora foi removido para inclusão do símbolo da Polícia Civil goiana. A Secretaria de Segurança Pública do Goiás informou que não houve registros de casos como o descrito na postagem no Estado.

A foto verdadeira possui o fundo com a logo da Polícia Civil do Rio Grande do Sul. Foto: Reprodução/Instagram

Saiba mais: O Estadão Verifica chegou à postagem original da foto ao fazer uma busca reversa da imagem (aprenda aqui). Ela foi publicada em 2019 pelo GZH junto a um texto informando que a mulher foi presa pela primeira vez, por suspeita de tráfico de drogas, em 2018. Em seguida, recebeu liberdade provisória, mas retornou à prisão em 2019, data em que a imagem foi registrada pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul.

A imagem que agora circula com a falsa alegação possui a logo do site de notícias Mais Goiás, na tentativa de conceder credibilidade ao conteúdo. Porém, uma pesquisa no Google não retornou qualquer resultado demonstrando que o veículo publicou a notícia mostrada na postagem.

A mesma foto já foi utilizada em outras peças desinformativas ao longos do anos, como uma que reproduz a mesma situação checada aqui, porém no Maranhão, e outra que afirma se tratar de uma mulher presa por estupro de homens.

Peças desinformativas usando a imagem também foram desmentidas por UOL Confere e Lupa.

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