O Estadão Verifica ficou de olho no que disseram durante a última semana os principais candidatos à Prefeitura de São Paulo: Guilherme Boulos (PSOL), Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB) José Luiz Datena (PSDB) e Tabata Amaral (PSB).
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Nesta semana, checamos alegações sobre lei do Minha Casa Minha Vida, fechamento de empresas, corredores de ônibus, efetivo da Polícia Militar e trânsito.
Foram consideradas apenas afirmações factuais, como números, datas, comparações de grandeza e outras. Após a apuração, atribuímos as etiquetas “falso”, “enganoso”, “exagerado”, “subestimado”, “impreciso”, “falta contexto” e “verdadeiro”. Os candidatos que aparecem nesta checagem são os mais bem colocados em pesquisas Datafolha.
Clique em cada nome abaixo para ver a checagem.
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Guilherme Boulos (PSOL)
O que Boulos disse: durante sabatina da Folha/UOL na segunda-feira, 9, Boulos disse que foi autor de uma emenda, que virou lei, que coloca mulheres vítimas de violência como uma das prioridades de atendimento no programa Minha Casa, Minha Vida.
O Estadão Verifica apurou e concluiu que: é falso. A emenda a que o deputado se refere foi proposta pelo deputado federal Ricardo Ayres (Republicanos-TO), não por Boulos. A lei 14.620, de 13 de julho de 2023, criou o novo programa Minha Casa, Minha Vida. O texto foi sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva após a aprovação pelo Congresso Nacional da Medida Provisória (MP) 1162/2023. A lei diz no art. 8º, item VII, que serão priorizadas as famílias que tenham mulheres vítimas de violência doméstica e familiar.
Outro lado: a assessoria de Boulos respondeu que, como vice-presidente da Comissão Mista que debateu a MP do novo Minha Casa Minha Vida, “Guilherme Boulos atuou fortemente junto ao relator para garantir que o texto apresentado ao Congresso contemplasse diversas emendas”. Assim, prossegue a nota, “Boulos teve papel crucial para assegurar a inclusão das mulheres vítimas de violência doméstica na lista de prioridades dos programas de moradia popular, e indicou a emenda em questão para o relatório final”.
Pablo Marçal (PRTB)
O que Marçal disse: em sabatina da Revista Oeste na terça-feira, 10, disse que 87% das empresas fecham até o terceiro ano.
O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é exagerado. De acordo com um levantamento realizado pela empresa BigDataCorp, 77,9% das empresas encerram suas operações antes de completar quatro anos. A pesquisa é baseada em números de registros no CNPJ desde 1998. Conforme uma reportagem da CNN Brasil, que apresentou os dados do levantamento, a taxa de fechamento das empresas aumenta progressivamente ao longo do tempo. Em cinco anos, a taxa atinge 88,92%; após uma década, 99,92% das empresas encerram suas atividades.
Outro lado: a assessoria do candidato não respondeu.
Ricardo Nunes (MDB)
O que Nunes disse: em entrevista ao programa Roda Viva na segunda-feira, 9, o atual prefeito disse que viabilizou 80 km de corredores de ônibus em São Paulo, incluindo obras iniciadas, licitadas e com recursos garantidos.
O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é exagerado. A meta 46, do Plano de Metas da Prefeitura, fala em viabilizar 40 km de novos corredores de ônibus na cidade. A última atualização, do mês de junho, afirma que 6,8 km tinham sido viabilizados. O detalhamento diz que o único trecho concluído foi a requalificação do corredor Santo Amaro, de 1,2 km.
Outro lado: a assessoria do candidato reafirmou que viabilizou mais de 80 quilômetros e que incluiu na conta, além de trechos concluídos, corredores com obras em andamento e licitados.
José Luiz Datena (PSDB)
O que Datena disse: em entrevista à Rádio Bandeirantes na terça-feira, 10, afirmou que a Polícia Militar do Estado de São Paulo conta com 100 mil homens, sendo “boa parte” na Capital.
O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é exagerado. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo informou que o efetivo da Polícia Militar (PM) no Estado inteiro é formado por 82.260 policiais. Menos da metade atua na capital paulista, que conta com a atuação de 31.124 policiais militares.
O dado da SSP se aproxima ao número divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em fevereiro deste ano. O relatório indica 80.037 agentes da PM no Estado de São Paulo, incluindo bombeiros.
Outro lado: a assessoria do candidato não respondeu.
Tabata Amaral (PSB)
O que Tabata disse: durante sabatina da Folha/UOL, a candidata disse que os paulistanos estão ficando 2h40 em média no transporte público.
O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é impreciso. Pesquisa de 2023, da Rede Nossa São Paulo, Instituto Cidades Sustentáveis e Ipec, mostrou que o paulistano perde por dia 2h26 minutos no trânsito. Para quem dirige seu próprio automóvel o tempo aumenta: são 2h46 perdidos no tráfego.
Outro lado: a assessoria da candidata não respondeu.
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