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Dino não aparece ao lado de Brazão em filmagem; vídeo foi gravado com governador do Maranhão

Postagem diz que ministro do STF comemorou eleição de Lula ao lado de um dos acusados de mandar matar Marielle Franco, mas quem aparece na filmagem é Carlos Brandão

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Atualização:

O que estão compartilhando: vídeo mostra Flávio Dino e Brazão juntos comemorando a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O Estadão Verifica checou e concluiu que: é falso. O homem que aparece ao lado de Dino na filmagem é Carlos Brandão (PSB), governador do Maranhão. A publicação desinformativa tenta vincular o atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) aos irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, presos acusados de mandar matar Marielle Franco e Anderson Gomes.

Trecho mostra Dino e Carlos Brandão comemorando a vitória de Lula nas eleições presidenciais, em outubro de 2022. Foto: Redes Sociais/Redes Sociais

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Saiba mais: O vídeo mostra Flávio Dino comemorando ao lado de um homem de camiseta verde com o nome de Lula. As imagens circulam nas redes sociais alegando que o indivíduo é Chiquinho ou Domingos Brazão. Porém, isso não é verdade: Carlos Brandão (PSB-MA), atual governador do Maranhão, é quem aparece na filmagem ao lado do ministro.

A gravação foi feita durante a apuração do segundo turno das eleições presidenciais, no Maranhão. Brandão foi eleito governador após um mandato como vice de Dino, que deixou o cargo para tornar-se senador. Em outubro de 2022, ambos publicaram fotos comemorando a eleição de Lula com as mesmas roupas que aparecem no vídeo viral.

O Estadão Verifica também havia checado outros posts que usavam o mesmo vídeo para afirmar que Flávio Dino esteve ao lado de George Washington de Oliveira Sousa, preso por planejar um atentado a bomba em Brasília.

Chiquinho, Domingos Brazão e Rivaldo Barbosa são presos acusados de mandar matar Marielle e Anderson

Ontem, 24, a Polícia Federal prendeu o deputado Chiquinho Brazão, seu irmão Domingos, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, e o ex-chefe de Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa, em investigação sobre a “autoria intelectual” dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além de crimes de organização criminosa e obstrução de justiça. Os três negam a participação.

As prisões preventivas foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes e confirmadas por maioria no Supremo Tribunal Federal. A ação da PF, batizada de Operação Murder Inc., aconteceu após o anúncio da homologação da delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, apontado como o executor dos assassinatos em 13 março de 2018. Chiquinho, Domingos e Rivaldo devem ser transferidos para diferentes penitenciárias federais.

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A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, irmã de Marielle, se pronunciou neste domingo sobre a notícia da prisão em seu perfil no X (antigo Twitter) e disse que é “um grande dia” e marca “mais um grande passo” para conseguirem as respostas que tanto se perguntam nos últimos anos.

O ministro do STF Flávio Dino escreveu em suas redes sociais que o dia foi de “celebração da fé e da justiça”. Em dezembro do ano passado, quando ainda ocupava o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública no governo Lula, Dino disse que o caso Marielle seria “em breve integralmente elucidado”.

Como lidar com postagens do tipo: Devido à grande repercussão das atualizações sobre a investigações do assassinato de Marielle e Anderson, nos deparamos com um aumento de desinformação relacionado ao tema. Por isso, é necessário procurar por informações confiáveis antes de acreditar e compartilhar postagens na internet. Uma extensa cobertura sobre o caso é feita por veículos da imprensa profissional. No caso analisado, em uma busca rápida conseguimos encontrar que o homem que aparece com Dino nas eleições é Carlos Brandão.

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