É falso que juíza e promotora tenham tirado foto com Fernandinho Beira-Mar

Imagem que circula nas redes mostra as advogadas do criminoso, durante julgamento em 2015

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Foto do author Giovana Frioli

O que estão compartilhando: que juíza e promotora tiraram fotos com o traficante Fernandinho Beira-Mar durante audiência.

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O Estadão Verifica checou e concluiu que: é falso. As mulheres que aparecem ao lado de Beira-Mar em foto eram suas advogadas, Cecília Gomes e Amanda Vanderlei. O registro foi feito durante julgamento do traficante, em maio de 2015, e circula desde a época com a alegação falsa.

O conteúdo circula no TikTok e também foi enviado para checagem por leitores do Estadão Verifica pelo WhatsApp, no número (11) 97683-7490.

O boato circula desde 2015 nas redes sociais e foi desmentido também por outros veículos de checagem. Foto: Redes Sociais/Reprodução

Saiba mais: Postagem exibe foto de Luiz Fernando da Costa, conhecido como Fernandinho Beira-Mar, com duas mulheres durante um julgamento. O texto junto com a imagem diz que a promotora e a juíza do caso tiraram selfies com o traficante e questiona “o que esperar da Justiça brasileira?”. A informação, por sua vez, não é verdadeira.

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As imagens mostram, na verdade, o preso ao lado das advogadas Cecília Machado e Amanda Vanderlei. Amanda é irmã de Beira-Mar. A foto foi tirada durante julgamento em maio de 2015 no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Diferentemente do que alegam as postagens, a sessão foi conduzida pelo juiz Fábio Uchôa, com o promotor Bráulio Gregório e a assistente de acusação Fabíola Lima.

Os registros compartilhados na internet foram feitos durante um intervalo, e são de autoria dos fotógrafos Fernando Souza, da Agência O Dia, e Antonio Scorza, da Agência O Globo. As fotos foram noticiadas pelos dois jornais. As imagens mostram o momento em que Beira-Mar acena e faz sinal de positivo para familiares que acompanhavam a audiência.

Durante o julgamento, Fernandinho Beira-Mar foi condenado a 120 anos de prisão por quatro homicídios ocorridos na rebelião dentro do presídio de segurança máxima Bangu I, na Zona Oeste do Rio, em 2002.

Como lidar com posts do tipo: A publicação desinformativa tenta descredibilizar os órgãos de Justiça do Brasil ao associá-los a criminosos. Antes de acreditar nesses conteúdos, procure pelas informações para checar se elas procedem. Em uma pesquisa rápida no Google, encontramos verificações feitas pelo Fato ou Fake, Aos Fatos e UOL Confere desmentindo o boato anos atrás.

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