Anúncio falso de empréstimo facilitado da Crefisa direciona usuário a site fraudulento

Postagem tem link para página que não tem relação com a companhia; empresa alerta que não solicita pagamento de taxa antecipada para liberação de crédito

PUBLICIDADE

Foto do author Gabriel Belic

O que estão compartilhando: que a Crefisa está oferecendo “empréstimo em 10 minutos” de até R$ 14.199 para pessoas que estão negativadas. O anúncio, que usa a imagem do apresentador Celso Portiolli, informa que todo processo é feito online e “sem burocracia”.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. A postagem direciona o usuário a um site que não pertence à Crefisa, indício que demonstra o caráter fraudulento do conteúdo. No site oficial da empresa, a Crefisa ressalta que créditos são sujeitos à aprovação e alerta que não cobra nenhuma taxa antecipada para liberação de empréstimo. A reportagem buscou ações da companhia em parceria com o apresentador Celso Portiolli, mas não encontrou resultados recentes.

Anúncio falso de empréstimo da Crefisa direciona usuário a site fraudulento Foto: Reprodução/Facebook

PUBLICIDADE

Saiba mais: um anúncio no Facebook, supostamente promovido pela empresa de crédito Crefisa em parceria com o apresentador Celso Portiolli, divulga uma ação de “empréstimo em 10 minutos”. A postagem afirma que a companhia está oferecendo “até R$14.199 em crédito para pessoas que estão negativadas, de maneira simples e acessível”. A publicação, no entanto, direciona usuários a um site fraudulento.

Embora a página direcionada não esteja mais disponível, é possível conferir que não se trata de um canal oficial da Crefisa pela URL (endereço do site). Na página oficial da Crefisa (www.crefisa.com.br), a empresa alerta que os canais autênticos da companhia são estes:

Publicidade

A Crefisa ressalta que não solicita nenhum tipo de taxa antecipada para a liberação de crédito. Dessa forma, caso o usuário seja cobrado, a empresa alerta que trata-se de um golpe financeiro. Como já mostrou o Estadão Verifica em outras checagens, é comum que postagens fraudulentas deste tipo também coletem dados pessoais, como CPF.

O núcleo de checagem do Estadão já desmentiu diversas postagens fraudulentas que direcionam usuários a sites suspeitos (veja aqui, aqui e aqui). Geralmente, os anúncios falsos utilizam indevidamente a imagem de famosos para conferir credibilidade ao conteúdo.

A reportagem buscou ações de “empréstimo em 10 minutos” divulgadas pela Crefisa em meios oficiais, mas não obteve retorno. No site da empresa, é informado que o recebimento do crédito pessoal no mesmo dia está “condicionado às contratações realizadas em dias úteis, para propostas aprovadas até às 12h, em que o cliente opte por receber o empréstimo no cartão pré-pago da Crefisa ou em conta-corrente do Banco Crefisa”.

Nas redes sociais de Portiolli, o Verifica tentou localizar postagens que fizessem menção ao suposto anúncio divulgado com a imagem do apresentador. No entanto, não foram identificadas publicações recentes em parceria com a Crefisa, o que indica a falsidade da postagem.

O Estadão Verifica tentou contato com a Crefisa e com Celso Portiolli, mas não obteve retorno até o encerramento desta checagem.

Publicidade

Como lidar com postagens do tipo: fique atento com postagens que prometem dinheiro de forma rápida. Para evitar cair em golpes, certifique-se dos seguintes elementos:

  • Confira o endereço da página. A reportagem listou canais oficiais da Crefisa, que também podem ser conferidos aqui;
  • Pesquise se o anúncio foi divulgado pela empresa citada. Aqui, a reportagem buscou a suposta campanha nas redes sociais da Crefisa, como Instagram e Facebook. Desconfie se os meios oficiais não divulgarem nada sobre a suposta ação;
  • Quando o anúncio envolver figuras públicas, faça uma pesquisa pelas redes sociais. Na postagem checada, o anúncio utiliza uma imagem de Celso Portiolli. O Estadão Verifica não localizou nenhuma campanha recente do apresentador com a Crefisa. Parcerias do tipo geralmente são divulgadas em páginas oficiais.
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.