Filha de Maria do Rosário não gravou vídeo defendendo traficantes

Gravação é de página de humor no Facebook; boato foi enviado por leitores ao WhatsApp do Estadão Verifica, (11) 99263-7900

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A deputada federal Maria do Rosário (PT-RS). Foto: Dida Sampaio/Estadão

Um vídeo de comédia retirado de contexto está sendo usado para atacar a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) em uma corrente de WhatsApp. O conteúdo enganoso confunde a filha da deputada com uma personagem que parodia temas de esquerda. O boato foi enviado por leitores ao número do Estadão Verifica, (11) 99263-7900.

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Na gravação, a personagem elogia com ironia os traficantes de drogas, que chama de "ícones da educação superior no Brasil". O boato tem circulado com uma foto real da filha de Maria do Rosário, que foi publicada no Twitter da parlamentar em 2017.

O vídeo original foi publicado em novembro de 2016 e teve 1,5 milhão de visualizações. A parlamentar já havia

"> esclarecido a desinformação em seu Twitter. Ela chamou o ato de compartilhar notícias falsas de "crime". "Aviso aos que agridem filhos para atingir os pais que essa imoralidade desprezível tem que acabar", escreveu.

A página de humor também fez uma publicação em janeiro deste ano desmentindo a relação com Maria do Rosário. O site Boatos.org também publicou uma checagem sobre o assunto.

Em fevereiro de 2017, a deputada chegou a acionar a Polícia Federal após um site publicar fotos da filha, então com 16 anos, a acusando de ser "anoréxica e drogada". A mensagem dizia que a parlamentar "aparentemente não tem capacidade de criar a própria filha, mas quer dar pitaco em como outras famílias devem educar seus filhos".

O nome da garota chegou a ser publicado por extenso, com a foto dela sem tarjas nos olhos -- o que é vedado pelo artigo 17 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que determina sigilo de imagens em que os jovens apareçam "em situação vexatória e que causam constrangimento."

Outro boato sobre Maria do Rosário -- desmentido aqui pelo Estadão Verifica -- alega que a petista teria empregado em seu gabinete familiares de Adélio Bispo de Oliveira, responsável pela facada no presidente Jair Bolsonaro durante as eleições de 2018. Conforme mostrou checagem publicada pelo 'Aos Fatos', não há nenhum registro de parentes do esfaqueador dentre os funcionários da Câmara.

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