Aviso: o texto tem descrição de uma cena perturbadora.
O que estão compartilhando: foto que mostraria centenas de corpos no Rio Grande do Sul após o nível da água das enchentes diminuir.
O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. A imagem tem erros característicos de conteúdo produzido por inteligência artificial (IA). Há distorções visíveis nos corpos e nos prédios, o que indica que a imagem foi gerada pela tecnologia. A reportagem submeteu a fotografia ao Hive AI Detector, ferramenta que afirma identificar o uso de inteligência artificial em mídias, que apontou a imagem como 99.9% gerada por IA.
![](https://www.estadao.com.br/resizer/v2/GKSRGZQ5BRFT7PNOBQZJLCOYK4.png?quality=80&auth=c4967fc4a9f0322f4e041739b0de41eb73146046f96e76932738c0753210343d&width=380 768w, https://www.estadao.com.br/resizer/v2/GKSRGZQ5BRFT7PNOBQZJLCOYK4.png?quality=80&auth=c4967fc4a9f0322f4e041739b0de41eb73146046f96e76932738c0753210343d&width=768 1024w, https://www.estadao.com.br/resizer/v2/GKSRGZQ5BRFT7PNOBQZJLCOYK4.png?quality=80&auth=c4967fc4a9f0322f4e041739b0de41eb73146046f96e76932738c0753210343d&width=1200 1322w)
Saiba mais: diversos conteúdos nas redes sociais afirmam que há “centenas” de corpos boiando nas águas das enchentes que assolam o Rio Grande do Sul. Profissionais da Defesa Civil, dos bombeiros, das forças de segurança pública e das Forças Armadas participam diariamente do resgate e do suporte às vítimas da tragédia ambiental. As buscas contam ainda com o número expressivo de voluntários.
A região atingida é percorrida por socorristas em barcos, lanchas, botes e jetskis, além de sobrevoos com helicópteros, drones e aviões. No entanto, até o momento, não houve relatos comprovados ou registros em fotografias ou vídeos associados a centenas de corpos boiando.
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O Estadão Verifica já mostrou que é falso um áudio sobre o corpo de um bebê flutuando em Canoas. A equipe de checagem do Estadão também desmentiu relatos de “centenas de corpos boiando em Canoas” e que a água para consumo em Porto Alegre possa ser contaminada por corpos no Guaíba.
A imagem verificada circula nas redes sociais como uma suposta prova dos relatos de cadáveres. No entanto, a fotografia tem erros evidentes de um conteúdo gerado por inteligência artificial. Ao dar zoom, é possível identificar que os corpos estão distorcidos e os prédios tortos e borrados. A ferramenta Hive AI Detector, que diz detectar imagens produzidas por IA, classificou que essa mídia tem 99.9% de chance de ter sido gerada pela tecnologia.
![](https://www.estadao.com.br/resizer/v2/GZHPWJM2LZCCTAJV5VMUU4BIQQ.png?quality=80&auth=b4c204ca93e271b9f2bd7ca6535a2fa0cc5857073c92e2bfc43af52f8d5fe81c&width=380 768w, https://www.estadao.com.br/resizer/v2/GZHPWJM2LZCCTAJV5VMUU4BIQQ.png?quality=80&auth=b4c204ca93e271b9f2bd7ca6535a2fa0cc5857073c92e2bfc43af52f8d5fe81c&width=768 1024w, https://www.estadao.com.br/resizer/v2/GZHPWJM2LZCCTAJV5VMUU4BIQQ.png?quality=80&auth=b4c204ca93e271b9f2bd7ca6535a2fa0cc5857073c92e2bfc43af52f8d5fe81c&width=1200 1322w)
Como lidar com postagens do tipo: por se tratar de um assunto em evidência, o desastre ambiental no Rio Grande do Sul vem sendo alvo de desinformação nas redes sociais. É importante buscar por fontes seguras e confiáveis. Se receber algum conteúdo suspeito sobre a situação no Estado, envie para o WhatsApp do Estadão Verifica pelo número (11) 97683-7490.