Fotos de drogas e armas apreendidas não foram tiradas em acampamento do MST

Boato enviado ao WhatsApp do Estadão Verifica (11-99263-7900) também faz falsa acusação contra líder sem-terra morto

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Atualização:

Fotos de drogas e armas apreendidas foram falsamente atribuídas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em mensagens enviadas ao WhatsApp do Estadão Verifica (11-99263-7900). As imagens, na verdade, são de duas ocorrências policiais diferentes: uma em Descalvado, e outra em Paraguaçu Paulista, ambas cidades no Estado de São Paulo. As duas foram registradas em março de 2018.

Bruno Maranhão, morto em 2014, foi alvo do boato compartilhado nas redes sociais. Foto: Epitácio Pessoa/AE

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Não é complicado descobrir o contexto real das fotos. Ao fazer uma busca com as palavras-chave "drogas" "armas" e "Descalvado", um dos primeiros resultados é uma reportagem do portal G1 que mostra que a apreensão dos itens fotografados está relacionada à prisão de uma quadrilha especializada em roubar, adulterar e vender veículos. Não há menção ao MST no texto.

Também é usar a ferramenta de busca reversa do Google (veja aqui como usar) para verificar em quais sites as fotos foram publicadas. Dessa forma, encontra-se outra reportagem do G1, desta vez sobre a apreensão de um avião agrícola carregado com mais de 990 quilos de maconha em tijolos. Novamente, o MST não é citado no caso.

O pacote de imagens do boato também inclui uma foto de Bruno Maranhão, ex-líder do Movimento da Libertação dos Sem Terra (MLST) e um dos fundadores do PT. No entanto, ele não poderia estar ligado às apreensões ocorridas no ano passado pois está morto desde 2014.

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O contexto das imagens também foi esclarecido pelo site Boatos.Org em duas ocasiões, em março e maio de 2018. No Facebook e no Twitter, postagens recentes requentaram o boato, atingindo 15 mil visualizações e 6 mil curtidas.

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