Não é verdade que Graal tenha colocado mictórios em banheiros femininos para torná-los unissex

Rede de postos rodoviários explicou que unidade filmada em vídeo viralizado passa por reformas, por isso clientes mulheres usam temporariamente banheiro masculino

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Foto do author Gabriel Belic

O que estão compartilhando: que o Graal, rede de autopostos rodoviários, colocou mictórios em banheiros femininos para torná-los unissex, ou seja, sem divisão por gênero.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. Em um vídeo que circula no Facebook e TikTok, uma mulher filma um banheiro da rede Graal e diz que, apesar do banheiro ser feminino, há mictórios no ambiente. A empresa explicou que o banheiro feminino da unidade filmada está em reforma, por isso as clientes estão usando temporariamente o banheiro masculino. Enquanto durar a reforma, clientes homens são redirecionados para outro banheiro, em prédio anexo.

Rede Graal não implementou banheiro unissex; empresa apenas passa por reformas Foto: Reprodução

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Saiba mais: Em um comunicado oficial, a rede identificou que a gravação ocorreu na unidade Graal 125 Norte, situada em Santa Bárbara d’ Oeste, em São Paulo. A empresa informou que o local está em obras e, por isso, de forma provisória, o banheiro masculino foi isolado e destinado ao público feminino. A rede afirmou que, embora os mictórios ainda estejam na estrutura do ambiente, foram isolados e higienizados, sem utilização. Ainda em nota, o Graal disse que o banheiro masculino está no Recanto do Caminhoneiro, anexo à unidade.

No comunicado, a empresa acrescentou imagens que desmentem o boato espalhado nas redes sociais. Nas fotos incorporadas, é possível ver que os mictórios estão cobertos por uma lona e que o banheiro está devidamente sinalizado como feminino - e não unissex, ao contrário do que as publicações afirmam. “Logo após as obras, que acontecem sempre para melhorar a experiência dos nossos clientes, tudo volta a ficar como antes. Por favor, não divulguem essa notícia falsa”, finalizou o Graal, em nota.

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O mesmo boato foi analisado pela Lupa, Boatos.org e Reuters Fact Check, que também o classificaram como falso.

Como lidar com postagens do tipo: A publicação checada utiliza um tom alarmista para espalhar desinformação e fomentar a teoria da “ideologia de gênero”, termo pejorativo geralmente usado para se referir a debates sobre sexualidade e gênero. O tema da transexualidade ainda é alvo de muito preconceito e, por isso, é recomendado ter atenção com postagens que sensacionalizem o assunto.

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