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Suposto laudo apresentado por Marçal contra Boulos tem indícios de falsificação

Ex-coach afirmou que documento é de internação por uso de drogas, mas psolista participou de agenda pública no dia do alegado atendimento; número do RG está errado e médico que assina análise tem registro de ‘falecido’

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Atualização:

O que estão compartilhando: suposto laudo médico que mostraria que o candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) foi atendido em uma clínica em São Paulo em 19 de janeiro de 2021 após “surto psicótico grave” pelo uso de cocaína.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. O documento divulgado pelo candidato à Prefeitura Pablo Marçal (PRTB) apresenta dados errados e inconsistências quanto à data do suposto atendimento. Veja os indícios de falsidade:

Marçal deletou a postagem com o laudo poucas horas depois da publicação e não se pronunciou mais sobre o caso. Boulos negou a acusação e disse que vai pedir a prisão do adversário.

Laudo apresentado por Marçal tem erros e inconsistência de datas Foto: Reprodução/Facebook

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Saiba mais: Marçal publicou na noite desta sexta, 4, o documento que alega ser um laudo que aponta suposto uso de cocaína por Boulos. O candidato do PSOL rechaçou a veracidade do laudo, divulgou imagens de redes sociais da data apontada no receituário e afirmou que pedirá a prisão de Marçal e do dono da clínica que aparece na imagem.

A imagem apresenta um suposto receituário médico que indicaria encaminhamento de Boulos para uma emergência psiquiátrica em 2021, por uso de cocaína. O suposto laudo fala em “surto psicótico grave”, com “delírio persecutório e ideias homicidas”.

O Estadão informou na sexta-feira que os telefones da clínica onde teria ocorrido o atendimento estão inativos, e a última postagem no Instagram da instituição ocorreu em setembro de 2020.

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Desde o primeiro debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, bem como em suas redes sociais, Marçal vem falsamente acusando Boulos de ser usuário de cocaína, sem apresentar provas. Nesse primeiro debate, promovido no início de agosto pela Band, o ex-coach chamou o deputado federal de “comedor de açúcar”, insinuação que repetiu em vídeos publicados nas suas redes. Marçal foi condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) por associar o adversário do PSOL ao uso de cocaína.

O Aos Fatos também considerou o laudo como falso.

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