Reportagem de 2018 noticiou mortes relacionadas a vacina contra febre amarela, não contra covid-19

Postagem tirou de contexto trecho de telejornal da TV Globo; falecimentos em decorrência da vacinação contra febre amarela representaram um caso a cada 900 mil imunizados em São Paulo

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Foto do author Giovana Frioli

O que estão compartilhando: vídeo mostra trecho de telejornal que cita mortes por vacina; a legenda alega que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava certo sobre riscos do imunizante da covid-19.

O Estadão checou e concluiu que: é enganoso. O conteúdo mostra uma reportagem de 2018 sobre duas mortes causadas por reação à vacina da febre amarela. Não há ligação da notícia com a imunização contra a covid-19.

O post desinformativo usa um trecho do telejornal e omite a parte em que Tralli cita a vacina da febre amarela. Foto: Foto

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Saiba mais: A postagem usa trecho de programa do SP1, da TV Globo, veiculado em janeiro de 2018. A reportagem daquele ano noticiou duas mortes em decorrência da vacinação contra a febre amarela.

Na ocasião, o jornalista César Tralli informou que a suspeita era de que as vítimas receberam a vacina contra a doença com a imunidade baixa. O Estadão também publicou reportagem sobre o tema e mostrou que as mortes são casos raros – um caso a cada 500 mil pessoas vacinadas. O índice para o Estado de São Paulo foi de um a cada 900 mil.

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O post desinformativo usa um trecho do telejornal da Globo e omite a parte em que Tralli cita a vacina da febre amarela. A legenda do conteúdo ainda defende declarações contra a imunização da covid-19 feitas por Bolsonaro para alegar que a vacinação não é segura.

O Ministério da Saúde alerta para publicações falsas sobre a segurança das vacinas. Os imunizantes só são ofertados à população após aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e avaliação de qualidade da Fundação Oswaldo Cruz, além de processos rigorosos de pesquisa e desenvolvimento para eficácia e segurança.

Como lidar com postagens do tipo: O conteúdo verificado usa trechos recortados de uma reportagem para fazer alegações, o que é um artifício muito comum em publicações desinformativas. Antes de acreditar, procure pela reportagem original no Google com as informações exibidas no vídeo ou por meio da busca reversa. Em uma pesquisa rápida, conseguimos encontrar a notícia original e completa.

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