O que estão compartilhando: que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi hackeado por uma criança de 14 anos, que filiou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Partido Liberal (PL).
O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. A Polícia Federal (PF) informou que não houve invasão ao sistema responsável por filiações partidárias de eleitores. A filiação do presidente ao PL aconteceu após um adolescente inserir dados no sistema do TSE utilizando o login de uma advogada que presta serviços ao partido. O caso está sendo investigado.
Saiba mais: Como mostrou o Estadão, em julho do ano passado o presidente Lula foi filiado ao PL em São Bernardo do Campo (SP). O TSE acionou a PF para investigar possível crime na filiação do presidente na legenda que é de oposição ao Partido dos Trabalhadores (PT), do qual Lula é fundador.
Não houve invasão no sistema do TSE, segundo informou a Polícia Federal. A filiação se deu após um adolescente de 13 anos inserir os dados do presidente no Sistema de Filiação Partidária (FILIA). O TSE identificou que a ação foi feita com o login da advogada Daniela Leite e Aguiar, que presta serviços ao PL. Em janeiro, a advogada citada disse ao portal Poder 360 que não iria se manifestar sobre o caso.
O caso e possíveis atuações dos envolvidos estão sendo investigados e a PF cumpriu diligências nesta quarta-feira, 30, em Mato Grosso. A Operação que investiga o crime foi nomeada de Operação Infiliatio. A ofensiva apura supostos crimes de invasão de dispositivo informático, falsidade ideológica e falsa identidade.
Após o episódio, o TSE mudou as regras para a filiação partidária. Antes, qualquer alteração partidária de um eleitor necessitava dos dados de um representante do partido e senha pessoal. Agora, o sistema conta com autenticação em dois fatores com o aplicativo e-Título. Além disso, o cadastro da biometria deve estar regularizado.
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O conteúdo analisado aqui também critica as urnas eletrônicas. Um texto na publicação no TikTok pedia eleições com votos impressos. Nos comentários, usuários criticavam o modelo de votação usado atualmente: “Não pode ser! (O sistema de filiação) é inviolável como as urnas não é?”; “E a galera confiando nas urnas, aham! Sei”.
O sistema FILIA está disponível pela internet. Já as urnas eletrônicas têm um sistema próprio, que não utiliza internet, e não têm hardware (equipamento) necessário para se conectar de maneira remota com uma conexão sem fio.
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