Homem ao lado de Dino em vídeo é governador do Maranhão, não preso por bomba em Brasília

Postagens confundem Carlos Brandão, recentemente eleito, com George Washington, responsável por uma bomba encontrada em caminhão no DF

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Foto do author Pedro Prata

É falso que o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), tenha sido filmado comemorando a vitória ao lado de George Washington de Oliveira Sousa, preso por planejar um atentado a bomba em Brasília. O homem que aparece no vídeo é Carlos Brandão (PSB), eleito governador do Maranhão. Campanha de desinformação tenta desvincular do ex-presidente Jair Bolsonaro o acusado pelo crime. George participava de um acampamento bolsonarista na capital federal.

Carlos Brandão foi vice de Dino no governo do Maranhão e foi eleito para ser seu sucessor.  Foto: Reprodução

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O vídeo mostra Flávio Dino comemorando ao lado de um homem de camiseta verde. As imagens circulam com legenda que alega que “O terrorista de Brasília é amigo do Dino.... Tudo armação”. Leitores solicitaram a checagem deste conteúdo pelo WhatsApp do Estadão Verifica, 11 97683-7490.

A gravação mostra a apuração do segundo turno, no Maranhão. Dino deixou o governo do Estado para concorrer e ser eleito senador. Ele conseguiu eleger seu vice, Carlos Brandão, para seu lugar no governo.

Os dois políticos publicaram fotos do momento em que comemoravam a vitória de Lula. É possível ver que os dois aparecem com as mesmas roupas que aparecem no vídeo viral. Brandão escreveu: “O nosso time está completo: Flávio no Senado, eu como governador e Lula para nos ajudar com um avanço ainda maior no Maranhão.”

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Preso por planejar explodir bomba em Brasília

George Washington de Oliveira Sousa é gerente de um posto de gasolina do Pará. Ele foi preso após a Polícia encontrar uma bomba colocada em um caminhão, em Brasília. Ele confessou que sua intenção era explodir o artefato no aeroporto da cidade, às vésperas da posse do presidente Lula.

Uma campanha de desinformação tenta dissociar George Washington do ex-presidente Jair Bolsonaro. O Estadão Verifica já mostrou que posts falsamente alegavam que ele seria sindicalista da Petrobras. Washington disse à Polícia que era simpatizante de Bolsonaro e que suas ações foram motivadas pelas palavras do presidente.

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Este boato foi checado por aparecer entre os principais conteúdos suspeitos que circulam no Facebook. O Estadão Verifica tem acesso a uma lista de postagens potencialmente falsas e a dados sobre sua viralização em razão de uma parceria com a rede social. Quando nossas verificações constatam que uma informação é enganosa, o Facebook reduz o alcance de sua circulação. Usuários da rede social e administradores de páginas recebem notificações se tiverem publicado ou compartilhado postagens marcadas como falsas. Um aviso também é enviado a quem quiser postar um conteúdo que tiver sido sinalizado como inverídico anteriormente.

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Um pré-requisito para participar da parceria com o Facebook é obter certificação da International Fact Checking Network (IFCN), o que, no caso do Estadão Verifica, ocorreu em janeiro de 2019. A associação internacional de verificadores de fatos exige das entidades certificadas que assinem um código de princípios e assumam compromissos em cinco áreas: apartidarismo e imparcialidade; transparência das fontes; transparência do financiamento e organização; transparência da metodologia; e política de correções aberta e honesta. O comprometimento com essas práticas promove mais equilíbrio e precisão no trabalho.

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