É falso que urnas eletrônicas em Cordeiro (RJ) tenham sido preenchidas com votos para Lula antes das eleições

TRE-RJ informou que preparação de equipamentos de votação no Estado ocorreu sem problemas; no domingo, urna imprime relatório 'zerésima', que comprova não haver votos registrados na máquina

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Por Gabriela Meireles

Um áudio que circula no WhatsApp acusa falsamente a existência de duas urnas eletrônicas fraudadas no município de Cordeiro, no interior do Rio de Janeiro. A mensagem afirma que uma delas já estaria com 139 votos já registrados para o ex-presidente Lula (PT), candidato à Presidência, em uma seção com 327 eleitores. O Tribunal Regional do Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) desmentiu a conteúdo e informou que o preparo de todas as máquinas de votação do Estado ocorreu sem irregularidades.

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O autor do áudio afirma que o Fórum da cidade estaria "lotado de fiscais do TRE", devido à chegada de duas urnas "não-zeradas", ou seja, já com votos computados antes mesmo das votações que acontecerão dia 2 de outubro. O autor ainda completa: "Você imagina isso aí nesse Brasilzão afora, como é que não está de fraude", levantando suspeitas infundadas sobre a segurança das urnas.

Procedimento de carga e lacração das urnas eletrônicas - 27/09/2022 Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE

Segundo o TRE-RJ, serão utilizadas no Estado do Rio de Janeiro cerca de 39 mil máquinas de votação nestas eleições. Todas foram preparadas em cerimônia aberta ao público e a entidades fiscalizadoras, como partidos políticos e o Ministério Público. O Tribunal informa que, antes do início da votação, cada seção eleitoral irá emitir o relatório da zerésima, cuja função é provar que ainda não há votos registrados na urna para nenhum dos candidatos. Em outras palavras, a ideia é evidenciar que há "zero-voto". Esse documento será assinado por quem presidir aquela seção eleitoral e também pelos mesários e fiscais dos partidos ou coligações presentes.

Estadão Verifica tentou contato com o cartório eleitoral de Cordeiro, mas não obteve resposta. Ao site Aos Fatos, a unidade informou não ter registrado nenhuma irregularidade.

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UOL Confere e Lupa também publicaram checagens sobre o assunto.

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