O que estão compartilhando: que a polícia de Israel atacou judeus ortodoxos que apoiam palestinos.
O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um homem empurrando e chutando judeus ortodoxos que estavam em uma manifestação. A legenda da publicação afirma que os manifestantes estavam realizando um protesto em apoio aos palestinos e foram agredidos pela polícia israelense, mas não é verdade. Na realidade, o vídeo foi gravado em abril deste ano, ou seja, seis meses antes dos recentes conflitos envolvendo Palestina e Israel.
![](https://www.estadao.com.br/resizer/v2/2HQW5CQLFJCMLJ4UB75KZTTAUE.png?quality=80&auth=fd7b63352ed1304a72274003d46b7e84b25cae41a02b682b828dc14c46dddd63&width=380 768w, https://www.estadao.com.br/resizer/v2/2HQW5CQLFJCMLJ4UB75KZTTAUE.png?quality=80&auth=fd7b63352ed1304a72274003d46b7e84b25cae41a02b682b828dc14c46dddd63&width=768 1024w, https://www.estadao.com.br/resizer/v2/2HQW5CQLFJCMLJ4UB75KZTTAUE.png?quality=80&auth=fd7b63352ed1304a72274003d46b7e84b25cae41a02b682b828dc14c46dddd63&width=1200 1322w)
Saiba mais: por meio de uma busca reversa de imagens (veja como fazer aqui), foi possível encontrar o vídeo original no site de notícias Kikar HaShabbat. O jornal israelense publicou a gravação no dia 11 de abril deste ano.
Conforme a publicação do veículo, o vídeo mostra uma manifestação na prisão de Ramla em defesa de Yehoshua Dadon, um judeu ultraortodoxo preso acusado de atear fogo em uma loja de celulares. A matéria diz que a manifestação ocorreu contra o “abuso que o detido ultraortodoxo sofre pelo Serviço Prisional de Israel”.
Em determinado momento da gravação, é possível identificar um homem que empurra e chuta os manifestantes. Conforme o jornal, a agressão partiu de um agente penitenciário e o ocorrido estava sob investigação.
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No dia 3 de abril, poucos dias antes da manifestação, outro site local noticiou que Dadon já havia sido transferido de prisão diversas vezes. Além disso, o veículo afirmou que o homem era condenado a processos disciplinares, com privação de direitos. O serviço prisional alegou que as transferências ocorriam por motivos de segurança.
De acordo com o jornal The Times of Israel, Dadon e outras três pessoas invadiram uma loja em outubro do ano passado e incendiaram o estabelecimento sob justificativa de que a loja não cumpria restrições religiosas. Segundo a matéria, judeus ultraortodoxos usam, por instrução de rabinos, telefones “kosher”, que são dispositivos sem acesso à internet, rádio, mensagens e recursos de vídeo.
Como lidar com postagens do tipo: As publicações desinformativas usam um assunto em evidência e de grande apelo para espalhar alegações sem apuração e confirmação. Os desdobramentos que envolvem o confronto entre Israel e Palestina são massivamente noticiados pela imprensa. Sendo assim, uma busca no Google por palavras-chave pode ajudar a verificar se o conteúdo é verdadeiro ou não.