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Sistema Y eleva produção

Viticultores de Louveira aprovam

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Por Rose Mary de Souza e Louveira (SP)
Atualização:

Uma nova técnica utilizada em Louveira (SP)tem dobrado a produção de uva numa mesma área. Nove agricultores do município aderiram ao chamado ''sistema Y'' e querem abolir gradualmente as tradicionais espaldeiras do parreiral. O sistema Y consiste na substituição dos mourões de 1,5 metro de altura por troncos mais altos, que recebem dois braços que lembram a letra Y. Os arames de sustentação para as ramas da videira são esticados de um tronco até outro. Em vez da espaldeira com o arame correndo lado a lado entre os mourões até quase chegar ao solo, o novo sistema permite ampliar mais o espaço para a disposição das fileiras de arames para amarrar as ramas. A principal vantagem não é só mais espaço para dispor a galhada da videira e conseqüente maior desempenho na colheita, segundo o pesquisador José Luiz Hernandes, do Centro Apta de Fruticultura do IAC. O sistema Y significa uma redução no custo operacional e mais que o dobro da produtividade. Além disso, há maior facilidade de instalação de tela anti-granizo, redução da mão-de-obra e de pulverizações. ''No sistema Y, fazem-se no máximo quatro pulverizações, ante 12 no sistema de espaldeira.'' Após dois anos de introdução do sistema Y os produtores estão satisfeitos. Como a família Veroneze, produtora de uva niagara. A propriedade está com 820 pés em 0,4 hectare. O parreiral será, ainda, ampliado. CÓCORAS ''A gente trabalha na sombra, em pé, colhe o fruto no alto, pode entrar com um carrinho de mão sem atrapalhar os outros'', conta César Veroneze com a experiência de 50 anos na lavoura de uva em espaldeira. ''Antes era preciso ficar horas de cócoras para podar e colher a uva. Agora, não tenho mais aquela dorzinha nos joelhos e na coluna'', diz sua esposa, Maria Inês Veroneze. O filho do casal, Júlio César Veroneze, conta que a idéia surgiu após uma viagem a Videira (SC), onde o sistema é difundido pela Epagri e a produtividade é de 25 toneladas/hectare. Veroneze conta que a primeira colheita, no fim do ano, rendeu 17 toneladas/hectare. A temporã, colhida este mês, chega perto de 19 toneladas/hectare. No plantio em espaldeira a produtividade é 13 toneladas/hectare.

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