Coronavírus: o que você precisa saber sobre a doença

Felipe Cordeiro, José Maria Tomazela e Caio Nascimento

17 de março de 2020 | 18h20

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A confirmação da presença do coronavírus em todos os continentes está causando preocupação sobre a capacidade de reação global à doença. No dia 11 de março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia da doença. Anteriormente, já havia elevado para “muito alto” o risco do novo coronavírus.

O vírus começou a circular no fim de dezembro em Wuhan, cidade com 11 milhões de habitantes localizada na China Central. Os relatos inicias indicavam que uma 'doença misteriosa' estava infectando as pessoas rapidamente, desencadeando pneumonia. Em janeiro deste ano, a China anunciou as primeiras mortes e, na sequência, o crescimento desenfreado de registros.

O surto já causou morte em dezenas de países, chegou com força à Europa e castiga a Itália. Diante do surto, cidades italianas ficaram vazias e eventos como o tradicional carnaval de Veneza foram cancelados. Desfiles de moda foram interrompidos ou transmitidos apenas pela internet. A Itália declarou quarentena em todo o país para evitar a propagação da doença.

Outro efeito da epidemia é sentido na economia. A crise produzida pelo coronavírus afeta o preço das ações das empresas, o que derruba as Bolsas pelo mundo, porque as medidas restritivas para combater a doença levaram, por exemplo, à paralisação das fábricas chinesas, que fornecem componentes para as indústria em outros países. Os investidores temem perdas em seus papéis. O efeito se espalha para a economia com a queda no consumo.

O Brasil registrou 290 casos confirmados da doença, até 17 de março, de acordo com balanço do Ministério da Saúde. Em 17 de março, o Estado de São Paulo registrou a primeira morte pela covid-19 no País, de um homem de 62 anos que sofria com diabetes e hipertensão, sem histórico de viagem para o exterior. O primeiro caso do vírus foi confirmado no dia 25 de fevereiro, pelo Hospital Israelita Albert Einstein e, posteriormente, pelo Instituto Adolfo Lutz. A pessoa infectada é um homem de 61 anos, residente em São Paulo e com histórico de viagem para a Itália, na região da Lombardia (norte do país), no período de 9 a 21 de fevereiro. No dia 5 de março, foi confirmada a transmissão local da doença em território nacional, de duas mulheres que tiveram contato com outros casos confirmados. No dia 12 de março, São Paulo confirmou que já há transmissão comunitária da doença no Estado.

As autoridades brasileiras já controlam a chegada de passageiros de países ou localidades em que há transmissão. Se enquadram em casos suspeitos as pessoas que regressam desses países e apresentam febre e mais um sintoma gripal, como tosse ou falta de ar. Também são incluídas as situações em que a pessoa sente febre ou sintoma respiratório e teve contato com caso confirmado ou suspeito de covid-19. No dia 23 de fevereiro, todos os brasileiros resgatados de Wuhan, e que cumpriam quarentena de 14 dias em base aérea localizada em Anápolis (Goiás), foram liberados para voltarem a seus estados de origem. Nenhum deles contraiu o vírus.

No dia 23 de janeiro, o Brasil entrou em alerta para risco de transmissão do coronavírus. O País reconheceu “emergência de saúde pública em território nacional” por causa do avanço da doença, elevando o grau de risco ao nível 3, o mais alto na escala.


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