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Pequenas e médias empresas avaliam suas fornecedoras em 27 categorias

Edição do projeto: Nathalia Molina, especial para o ‘Estado’ / Design e desenvolvimento: Vinicius Sueiro

30 de julho de 2018 | 20h00

Pelo terceiro ano, o Estado ouviu o que empreendedores dizem sobre suas fornecedoras, por meio de pesquisa realizada pelo Officina Sophia/HSR Specialist Researchers. A pesquisa Escolha PME 2018 é resultado de um levantamento realizado com 1.445 PMEs de todas as regiões do Brasil – a maioria da região Sudeste. Elas avaliaram o produto ou serviço que recebem em 27 categorias, em setores que vão de bancos a centros de formação profissional, passando por telefonia e dispositivos tecnológicos.

“O que o resultado do estudo tem mostrado nos últimos três anos é que o proprietário da PME, longe de estar orientado para, pura e simplesmente, comprar o mais barato, está voltado a um desenvolvimento mais profissional e informatizado do seu negócio”, afirma Paulo Secches, diretor do instituto Officina Sophia. “Ele (o empreendedor) vai procurar o melhor produto ou serviço que sua capacidade financeira possa comprar”, diz.

No período de 22 de abril a 4 de maio, os pesquisadores entrevistaram os responsáveis pela contratação ou pela manutenção de produtos e serviços nas PMEs, que deram notas de 0 a 10 às suas fornecedoras. Apenas notas entre 8 e 10 foram consideradas e ponderadas pelos seus pesos para obter o índice de satisfação, que vai até 100 pontos.

Nas 27 categorias avaliadas, confira os maiores índices segundo a avaliação das pequenas e médias empresas ouvidas no levantamento e os menores índices de cada setor de fornecedoras.


Escolha PME 2018

Índice de satisfação

Empresários atentos à capacitação profissional, ao uso da tecnologia e à qualidade de produtos e serviços. Esse é o perfil das pequenas e médias empresas brasileiras, diz Paulo Secches, diretor do instituto Officina Sophia, com base nos resultados da Escolha PME, pesquisa já em sua terceira edição. “O norte desse segmento é claro: busca qualificação profissional, modernização do seu negócio e maior eficiência”, afirma o especialista. “O que teremos de observar é quem vai estar preparado para atendê-lo no futuro.”

*As categorias acima estão ordenadas por sua empresa mais bem avaliada

Como o especialista aponta em entrevista ao Estado, pequenos e médios empresários sabem que “eficiência nos negócios não é privilégio das grandes empresas”. “Para sobreviver em um ambiente competitivo e hostil, é essencial para todos os negócios, de qualquer porte, aprimorar os métodos de gestão e ganhar produtividade”, acredita Secches.

As companhias com os melhores índices de satisfação no levantamento em geral são ligadas à tecnologia e à capacitação profissional. “O importante para outros setores de fornecedores é refletir por que esses setores têm um alto nível de satisfação e outros não. E quem é esse empresário da PME que está investindo e está mais satisfeito com essas categorias de produto”, afirma o pesquisador.


Evolução dos critérios de escolha

Qualidade vale mais do que preço

Na hora de escolher um fornecedor, a qualidade dos serviços e produtos é cada vez mais valorizada por pequenas e médias empresas, como mostra a pesquisa Escolha PME 2018. O preço, por sua vez, vem caindo no ranking de quesitos que mede os fatores determinantes para a tomada de decisão.

*A soma das porcentagens em cada ano excede os 100%, pois cada empresário entrevistado teve a possibilidade de escolher mais de uma alternativa

Entre os outros critérios de escolha, o estudo mostra que o atendimento importa, já a imagem da companhia contratada nem tanto. Das 27 categorias, apenas em uma o atendimento não aparece como o segundo critério mais valorizado pelas pequenas e médias empresas no momento de escolher uma fornecedora. O que menos importa para as PMEs consultadas é a imagem da contratada, exceto nas categorias Centro de Formação Profissional, Site de Recrutamento e Rede Social.

Diretor do instituto Officina Sophia, Paulo Secches diz que essa tendência ocorre porque o empreendedor não está querendo comprar uma imagem, mas um produto ou um serviço que maximize seu benefício. “Ele busca uma oferta concreta que lhe permita crescer de forma eficiente e lucrativa.”


Escolha PME 2018

Objeto de desejo

Além do índice de satisfação e dos aspectos considerados importantes para as pequenas e médias empresas (PMEs) na hora de escolher sua fornecedora em cada categoria, o Escolha PME 2018 mostra com que companhias os empreendedores gostariam de trabalhar. Elas são apontadas como objeto de desejo em cada uma das 27 categorias.

Os dois rankings não têm relação entre si. Uma fornecedora pode aparecer no topo da lista de objeto de desejo e não ser a campeã – e sequer aparecer – entre as melhores em satisfação.

A escala deste gráfico vai de 0 a 60%

*As categorias acima estão ordenadas por sua empresa mais mencionada

Os números apontam oportunidades de negócios para as empresas que aparecem entre os maiores no ranking de objeto de desejo. “Algumas vezes a PME deseja usar um fornecedor, mas não o faz porque ele não tem uma oferta específica para esse público. Torna-se um objeto de desejo para a PME”, exemplifica Paulo Secches, diretor do instituto Officina Sophia.

Quando não há predominância de nenhuma marca como objeto de desejo, existe uma chance de novos players investirem no segmento PME. Isso ocorre em categorias como Site de Recrutamento, em que todas as companhias estão entre os menores índices de objeto de desejo.


Expediente

Edição de Suplementos: Daniel FernandesReportagem: Gabriel Navajas, Nathalia Molina, Pedro Ramos e Tulio Kruse, especiais para o EstadoDiretor de Arte: Fabio SalesEditora de infografia: Regina ElisabethEditor assistente de infografia: Vinicius Sueiro

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