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Em uma semana, no dia 27 de novembro, começa a Black Friday 2020. Os produtos eletrônicos estão em alta nas buscas, o que faz da data uma oportunidade interessante para adquirir um novo produto, como um monitor – um acessório importante para muita gente que precisou trabalhar de casa neste ano de quarentena.
Segundo a plataforma de descontos Promobit, que projetou ofertas para a Black Friday deste ano em diferentes categorias e produtos com base nos descontos médios da data de consumo do ano passado, o consumidor pode encontrar uma oferta média de 32% no valor dos monitores.
Portanto, se você deseja garantir um monitor novo para seu quarto ou escritório, vale a pena seguir as orientações abaixo sobre as principais especificidades desse item, que podem ajudá-lo na hora da compra.
Assim como no caso da televisão, a imagem do monitor é formada por pontos luminosos, e cada ponto é um pixel, ou seja, uma micropartícula que compõe a imagem. “Quanto maior o número de pixels, maior será a resolução”, diz Fernando Barúqui, professor do departamento de Engenharia Eletrônica e de Computação da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Assim, quanto maior a resolução, melhor provavelmente será a qualidade e a nitidez da imagem.
Para Barúqui, as resoluções de monitores mais comuns são a HD (1.280 x 720 pixels), a Full HD (1.920 x 1.080 pixels) e a Ultra HD, também conhecida como 4K (3.840 X 2.160 pixels). O professor também lembra que é possível encontrar modelos 8K (7.680 X 4.320 pixels), mas muitos deles são pouco acessíveis para a maioria dos usuários, tal como nas TVs.
O especialista de soluções do SiDi André Romanin também destaca a resolução QHD (Quad High Definition, por ter quatro vezes mais pixels que a resolução HD), de 2.560 x 1.440 pixels, e o WQXGA (Wide Quad Extended Graphics Array), de 2.560 × 1.600 pixels. É importante ficar atento, porém, com esta última, pois ela significará um formato diferente de tela – para entender melhor sobre o tema, leia mais abaixo.
Como escolher o modelo correto? Irá depender da necessidade do consumidor. “Quem for usar o computador para tarefas simples, pode se contentar com resoluções mais baixas. Por outro lado, quem faz questão de ter uma resolução maior em filmes e jogos vai buscar por monitores com resolução maior”, diz Romanin. Já quem usa um misto de monitor e TV poderá se interessar por um aparelho de resolução maior, para também assistir a filmes e jogar.
LCD, LED, OLED, QLED… o consumidor pode se deparar com uma sopa de letrinhas ao procurar pelo tipo de tela do monitor ideal.
Atualmente, os modelos mais defasados do mercado são os que têm telas LCD, que são retroiluminadas e possuem uma tecnologia mais antiga, baseada em cristal líquido. “Nesse tipo de tela, o ângulo de visão altera um pouco as cores. O preto na LCD é mais próximo de um cinza escuro, pois a LCD não consegue apagar totalmente o pixel”, explica Barúqui.
Hoje em dia, o consumidor tem apostado mais nas telas LED – que são telas LCD retroiluminadas por uma lâmpadas LED, colocadas na parte traseira do aparelho – e nas suas evoluções: a QLED e a OLED, que não possuem retroiluminação. “Elas têm iluminação própria, o que proporciona uma cor mais viva, mais brilho e mais contraste”, diz Romanin.
Há vários modelos disponíveis no mercado, desde os monitores de 13 polegadas até os enormes de 49 polegadas, já se aproximando das TVs. A escolha vai depender do objetivo do usuário.
Quem quiser comprar um monitor para jogar, por exemplo, pode optar por tamanhos maiores de tela, que vão ajudar a dar uma maior amplitude da imagem. “Quanto maior a tela, porém, maior será o consumo de energia”, lembra Barúqui. A maior parte dos usuários, porém, deve ficar satisfeito com monitores entre 13 e 21 polegadas.
Porém, o consumidor deve levar um ponto importante em consideração: a distância entre ele e o monitor. Uma tela muito grande a uma distância curta pode ser muito incômodo para os olhos.
Para calcular as distâncias mínimas e máximas, Barúqui recomenda fazer dois cálculos diferentes, que terão resultados em centímetros. Em relação à distância mínima, basta multiplicar 3.8 pelo tamanho da tela (em polegadas), e para calcular a distância máxima, é necessário multiplicar 6.4 pelo tamanho da tela (em polegadas).
“Isso é somente uma orientação. O ideal é que o consumidor experimente e chegue a uma distância confortável”, diz o professor.
Quem for passar horas em frente ao monitor precisa tomar cuidado com a postura e a visão. “Alguns monitores, como os que são usados em máquinas corporativas, vêm com recursos para instalar suportes, de forma que o monitor fique na linha do olho”, diz Romanin, que também lembra que há modelos que possuem reguladores de altura.
Outro ponto para se atentar é o brilho, que pode incomodar os olhos. Barúqui ressalta que o brilho deve ser reduzido em locais menos iluminados e à noite. Mas dependendo da iluminação ambiente, como em lugares muito claros, pode ser necessário ajustar o brilho do monitor para uma intensidade mais alta.
Grande parte dos formatos de tela são widescreen, ou seja, são retangulares e que normalmente possuem proporção de 16:9. Mas também há opções como o ultrawide, que são ainda mais retangulares e que geralmente têm proporção de 21:9.
Também há modelos de monitor com tela curva, que são mais “imersivos”, aumentam o campo de visão do usuário e podem ter proporções de tela diferentes.
De novo, vale prestar atenção na finalidade do uso para decidir – a maior parte dos usuários vai ficar bastante satisfeito com um monitor 16:9, mesma proporção utilizada nas televisões atuais. Já quem joga pode se interessar por aparelhos ultrawide.
Atualmente, a entrada mais comum a ser utilizada são as HDMI, também muito presentes nas televisões modernas. “Também é possível usar um monitor com entrada HDMI como televisão. Basta encaixar um receptor de TV”, diz Romanin.
O especialista também lembra ainda que há monitores que possuem unidade de som embutida e saída para fone de ouvido.
Muitos aparelhos, porém, ainda tem outras duas portas: a DisplayPort, que costuma ser bastante indicada para quem gosta de jogar por ter taxas de atualizações mais rápidas, e a VGA, padrão antigo de tecnologia de transmissão de vídeo.
Muitos aspectos influenciam os preços dos monitores, devidos aos desafios tecnológicos envolvidos. A resolução e o tipo de tela, por exemplo, são alguns dos fatores que explicam a disparidade de preços.
O tamanho da tela também interfere no valor final do produto, assim como a espessura, já que há modelos mais finos do que outros, e isso também afeta o preço. Porém, com a aproximação da Black Friday, o consumidor pode pesquisar e encontrar uma boa oferta nas lojas físicas e virtuais.
Editor executivo multimídia Fabio Sales / Editora de infografia multimídia Regina Elisabeth Silva / Editores assistentes multimídia Adriano Araujo, Carlos Marin, Glauco Lara e William Mariotto / Edição de texto Bruno Capelas / Reportagem Luciana Lino, especial para o Estado / Designers Multimídia Danilo Freire, Dennis Fidalgo, Vitor Fontes e Lucas Almeida