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Smartphones premium: quer dobrar seu celular?

Aqui, o céu é o limite – e até mesmo barreiras da Física podem ser quebradas com os celulares dobráveis

Texto: Henrique Martin, especial para o Estado

06 de novembro de 2020 | 11h00

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Alguns telefones são feitos para durar pouco – seja pelo preço, pelos materiais usados em sua construção ou pelo software desatualizado. Outros são feitos para durar um pouco mais de tempo e ir além de um dispositivo de comunicações sem fios: ser um acessório da moda, um gadget reluzente, até mesmo um item de luxo. Neste guia, falamos de smartphones premium – aqueles com preços acima de R$ 4.000 e que vão além da simples comunicação.

Preste atenção

Temos na lista um dos primeiros smartphones dobráveis do mercado, o Samsung Galaxy Z Flip, que cabe no bolso de uma calça – ou dentro de uma pequena bolsa – sem esforços, pronto para se abrir e virar um smartphone que chama atenção. Também o Moto Edge+ com sua tela grande e design que o diferencia (um pouco) dos padrões do mercado. O Xiaomi Mi Note 10 e sua câmera de 108 megapixels e um acabamento único e, finalmente, o iPhone 11 Pro Max, o aparelho topo de linha da Apple, com a melhor câmera e bateria da fabricante – enquanto o iPhone 12 Pro Max não chega, claro.

Nossas escolhas: o Galaxy Z Flip pelo design dobrável, o Moto Edge+ pela tela e bateria, o Mi Note 10 pelo custo/benefício (apesar de ter um preço ainda alto no Brasil) e o iPhone 11 Pro Max pelo conjunto de câmeras e pela duração da bateria.

Vale a ressalva de que colocamos dois preços: um com o valor sugerido pelas fabricantes, outro que está sendo praticado atualmente. Até a Black Friday, é bastante possível que esses valores caiam ainda mais. Fique de olho!


Samsung Galaxy Z Flip: dobre a tela e coloque no bolso

A tela dobrável do Samsung Galaxy Z Flip torna o smartphone único. É um cubo fechado (que cabe no bolso e sobra espaço) que, ao ser aberto, revela uma tela de 6,7 polegadas, em uma versão atualizada dos celulares em formato de concha do início do século.

O mecanismo de dobradiça é reforçado para não entrar sujeira/poeira atrás ou nas laterais da tela – só que ela tem um vinco ao meio, pois é feita com uma espécie de plástico. Do lado de fora do aparelho, uma pequena tela de 1,1 polegada sensível ao toque mostra notificações e ajuda a tirar selfies com a câmera principal de 12 megapixels.

Tirando o fator surpresa dobrável, o Galaxy Z Flip é um smartphone convencional com Android 10, com um desempenho um pouco inferior ao Galaxy S20. A câmera tira fotos bastante nítidas, mesmo à noite, e a bateria poderia ser melhor – aqui, por questões de espaço, ela é menor que em outros smartphones da marca.

Samsung Galaxy Z Flip

Preço: R$ 8.999 (R$ 5.400, em média, no varejo online)

Tela: 6,7 polegadas, Amoled Dinâmico Dobrável

Processador: Qualcomm Snapdragon 855+

Câmeras: 12 megapixels (principal) e 12 megapixels (grande angular)

Câmera frontal: 10 megapixels

RAM: 8 GB

Armazenamento interno: 256 GB (sem expansão)

Bateria: 3.300 mAH

5G: não


Moto Edge+: tela grande, mas sem 5G por agora

O Moto Edge+ marca a volta da Motorola aos aparelhos topo de linha, de onde estava afastada desde 2016. Não contamos aqui o dobrável Razr, lançado de forma discreta no começo do ano. Sua tela grande de 6,7 polegadas é o maior destaque, já que usa a proporção 21:9, deixando o aparelho fino e comprido, fácil de segurar, mesmo com as bordas curvadas do display. Também tem taxa de atualização de tela de 90 Hz, que deixa transições e vídeos mais suaves de ver, deixando tudo mais fluido e veloz.

Por dentro, o Edge+ conta com um processador Qualcomm Snapdragon 865,12 GB de RAM e 256 GB de armazenamento interno. E por conta desse processador, o aparelho não é compatível com redes 5G DSS – sua versão Moto Edge, com câmera inferior e tela um pouco menor, é compatível com essa rede, o que confunde a cabeça do comprador. No entanto, o Moto Edge+ estará pronto para as redes 5G que vierem a ser instaladas no Brasil – quando isso vai acontecer, porém, é uma boa pergunta.

Das suas três câmeras, a principal de 108 megapixels é a melhor, com imagens nítidas e claras em modo automático (com arquivos de 16 megapixels), mesmo à noite. O zoom de 3x é suficiente para aproximar objetos nas fotos.

Moto Edge+

Preço: R$ 5.799 (não encontramos ofertas no varejo)

Tela: 6,7 polegadas, Oled 90 Hz

Processador: Qualcomm Snapdragon 865

Câmeras: 108 megapixels (principal), 8 megapixels (tele 3x óptico), 16 megapixels (grande angular)

Câmera frontal: 25 megapixels

RAM: 12 GB

Armazenamento interno: 256 GB (sem expansão)

Bateria: 5.000 mAH

5G: não (DSS) / sim (redes futuras)


iPhone 11 Pro Max: para quem precisa de bateria

Mais um iPhone na lista, o modelo 11 Pro Max é o topo de linha de 2019 e foi o primeiro a vir com três câmeras na parte traseira. O smartphone tem uma tela grande de 6,5 polegadas com tecnologia Oled (que gerencia tons escuros muito bem), roda iOS 14 e tem um excelente gerenciamento da bateria, graças à combinação do chip A13 Bionic com o sistema operacional – dá até para arriscar passar dois dias longe da tomada.

As três câmeras traseiras oferecem resultados impecáveis e consistentes na qualidade de imagem, mantendo tons gerados em diferentes lentes (e sensores) muito similares em condições parecidas de iluminação. O modo retrato, que tira fotos de pessoas com fundo desfocado, segue um dos melhores do mercado. O 11 Pro Max também vem com modo noturno, agora padrão nos novos smartphones da Apple, que ajuda a tirar fotos excelentes à noite ou em baixas condições de luz. Vale a observação que o aparelho não é vendido mais pela Apple (saiu de linha para dar lugar ao iPhone 12 Pro Max, que ainda não foi lançado no Brasil) – mas está disponível no varejo ainda.

iPhone 11 Pro Max

Preço: R$ 6.639 (média no varejo; Apple não vende mais o produto direto)

Tela: 6,5 polegadas, Super Retina XDR Oled

Processador: Apple A13 Bionic

Câmeras: 12 megapixels (principal), 12 megapixels (zoom óptico 2x), 12 megapixels (grande angular)

Câmera frontal: 12 megapixels

RAM: 4 GB

Armazenamento interno: 64 GB/256 GB/512 GB

Bateria: 3969 mAH

5G: não


Xiaomi Mi Note 10: intermediário com supercâmera

O Mi Note 10 foi um dos primeiros smartphones a vir com uma câmera de 108 megapixels, o que é notável. A Xiaomi o posiciona como um aparelho topo de linha, mas suas configurações são intermediárias – começando pelo processador Qualcomm Snapdragon 730G. Mas com 6GB de RAM e 128 GB de armazenamento, o Mi Note 10 roda tranquilo apps e jogos. Merecem destaque a tela de 6,47 polegadas nítida e brilhante e a presença, cada vez mais rara entre os aparelhos mais caros, da entrada padrão 3,5 mm para fones de ouvido.

A bateria de 5.260 mAH tem uma das maiores capacidades no mercado hoje e dura também quase dois dias longe da tomada – e se precisar, o modelo vem com um carregador rápido de 30W, que só funciona com smartphones da Xiaomi. A câmera principal, de 108 megapixels, vem configurada para gerar imagens de 27 megapixels com resultados satisfatórios, um pouco exagerados no processamento de imagem posterior. O modo noturno é muito bom, tirando fotos comparáveis às do iPhone 11 Pro Max.

Xiaomi Mi Note 10

Preço: R$ 6.999 (R$ 3.600, em média, no varejo online)

Tela: 6,47 polegadas, Amoled

Processador: Qualcomm Snapdragon 730G

Câmeras: 108 megapixels (principal), 12 megapixels (tele 50 mm 2x óptico), 8 megapixels (tele 3,7x zoom óptico), 20 megapixels (grande angular), 2 megapixels (macro)

Câmera frontal: 32 megapixels

RAM: 6 GB

Armazenamento interno: 128 GB

Bateria: 5.260 mAH

5G: não


Expediente

Editor executivo multimídia Fabio Sales / Editora de infografia multimídia Regina Elisabeth Silva / Editores assistentes multimídia Adriano Araujo, Carlos Marin, Glauco Lara e William Mariotto / Edição de texto Bruno Capelas / Reportagem  Henrique Martin, especial para o Estado / Designers Multimídia Danilo Freire, Dennis Fidalgo, Vitor Fontes e Lucas Almeida

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