O miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega, o capitão Adriano, teve o nome envolvido na morte de Marielle Franco e era alvo de investigação sobre ‘rachadinha’ no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro.
1996
Adriano Magalhães da Nóbrega entra de forma promissora na Polícia Militar do Rio. Com porte atlético e um interesse especial por armas, tem ascensão rápida na corporação.
2000
Conhecido como “Maromba” por colegas do Curso de Formação de Oficiais, chega ao Batalhão de Operações Especiais (Bope) do Rio. Passa a ser conhecido como capitão Adriano e apontado como oficial “de combate”.
Grupo paramilitar surge no Rio, oferecendo serviço de “segurança” – milícia passa a cobrar taxas de moradores e comerciantes da região.
2005
Nóbrega é homenageado pelo então deputado estadual Flávio Bolsonaro com a Medalha Tiradentes, a mais alta honraria concedida pela Assembleia Legislativa do Rio.
Então deputado federal Jair Bolsonaro defende Adriano da Nóbrega – já processado por homicídio – durante um discurso na Câmara.
Na mesma época, o então oficial do Bope passa a trabalhar como segurança de familiares do bicheiro Waldomiro Paes Garcia, o Maninho. Ele teria participado de no mínimo oito homicídios.
2007
Ex-mulher de Nóbrega, Danielle Mendonça da Costa passa a trabalhar no gabinete de Flávio na Assembleia, onde permanece até novembro de 2018.
2014
Adriano da Nóbrega, por causa da ligação com contraventores, é expulso da Polícia Militar. Não se sabe quando ele passa a integrar e comandar o Escritório do Crime.
2016
Mãe de Nóbrega, Raimunda Veras Magalhães aparece como lotada no gabinete de Flávio na Alerj, onde fica até novembro de 2018.
2018
A vereadora Marielle Franco (PSOL) é morta a tiros em março, no Rio. O Escritório do Crime é apontado como responsável pelo assassinato da vereadora.
2019
Operações Intocáveis I e Intocáveis II, do Ministério Público do Rio, miram grupo que comanda esquema de participação na compra, venda e construção irregular de imóveis na zona oeste do Rio.
O Escritório do Crime também é apontado como um grupo especializado em mortes por encomenda. A morte de Marielle Franco é atribuída a dois ex-PMs que integrariam o grupo, Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz.
Três meses depois da Intocáveis, dois prédios construídos ilegalmente em área controlada pela milícia desabam na Muzema, deixando 24 mortos e dezenas de desabrigados.
2020
Nóbrega é localizado no interior da Bahia e, durante troca de tiros com a polícia, é morto em Esplanada. Dias antes, ele tinha conseguido fugir de policiais em Sauípe