Cultura

O guia definitivo para o uso de máscaras contra o coronavírus

Óculos embaçado, orelha machucando… A relação com as máscaras pode não ser sempre a melhor, mas é necessária - e vai se prolongar por um bom tempo. Veja como deixar essa convivência mais harmoniosa

Reportagem: Ana Lourenço / Ilustrações: Marcos Müller

01 de agosto de 2020 | 16h00

Há vários tipos de máscaras disponíveis no mercado, mas nem todas são eficientes
Há vários tipos de máscaras disponíveis no mercado, mas nem todas são eficientesTiago Queiroz / Estadão

Máscara no rosto e água com sabão nas mãos. São essas as recomendações básicas das autoridades de saúde para se prevenir contra o novo coronavírus. Atualmente, o acessório é obrigatório por lei em muitas cidades do Brasil e também do exterior. Enquanto não houver uma vacina eficiente, o fato é que teremos de conviver com ela por muito tempo. Então, o melhor é deixar essa relação o mais harmoniosa possível.

“Usar máscara é um ato de empatia, eu me cuido, mas também cuido do outro”, explica o infectologista Wilian Benedito de Proença Júnior. Ela funciona como uma barreira contra o vírus: quem já estiver contaminado não vai espalhar o vírus ao falar, tossir e espirrar, por exemplo. E aqueles que estiverem saudáveis também terão uma proteção no rosto para não entrarem em contato com partículas contaminadas.

Diversos tipos de máscaras estão disponíveis no mercado, mas, independentemente do modelo, todas têm em comum o uso individual (não compartilhe a sua com outros membros familiares) e exigem cuidados específicos.

Quanto ao tipo de máscara, todas são capazes de reduzir a exposição, desde que usadas de forma correta.

“Para a população em geral, a melhor máscara é aquela que se adapte melhor ao rosto, que fique justa e não deixe boca nem nariz expostos.”

 Wilian Benedito de Proença Júnior, infectologista

“Máscaras muitos folgadas não vão dar a proteção adequadas, já as muito apertadas vão fazer que a pessoa fique tocando o rosto a todo momento para ajustá-la, aumentando a chance de contaminação”, diz Wilian. Por isso, é interessante tirar um tempo para encontrar a máscara mais confortável para o seu formato de rosto e necessidade.

Segundo uma proposta inicial emitida no fim de maio de 2020 pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o uso é indicado para todos, a partir dos dois anos de idade. Em São Paulo, a regra segue a mesma: crianças de até dois anos não são obrigadas usar a proteção, porém acima disso, o não uso pode render uma multa de R$ 524,29.

Apesar disso, a pediatra Iveli Maria Falcone de Lourenço sugere que a criança tenha uma máscara antes da idade obrigatória, para se habituar. "A partir de um ano e meio, eles gostam muito de imitar os pais. Então se o pai usa, ele vai querer usar", ensina. Já a partir dos dois anos, porém, é preciso haver uma negociação: se a criança não usar, eles sairão do local que estão. "Colocar não é o problema, o problema é manter", diz. Por outro lado, se a criança usou e fez tudo direitinho, você deve elogiar. "O reforço positivo é muito importante." Além disso, é crucial explicar para a criança a razão do uso da máscara.

Algo que pode ajudar também é escolher uma que seja confortável e lúdica. "Tem de ter bichinho, desenho, algo que a criança olhe e se identifique", conta.

Para ajudar na escolha e no convívio com a máscara para adultos e crianças, conversamos com diversos especialistas. Confira a seguir.


Tipos de máscara

 Máscaras de uso profissional  N95 e PFF2: são máscaras de uso único. Apesar de sua maior duração, e sua eficiência de filtragem (cerca de 95%), elas são destinadas apenas aos profissionais de saúde.
 Máscaras cirúrgicas  São descartáveis e feitas de TNT, normalmente na cor azul ou branca, e também são destinadas ao uso profissional.
 Máscaras caseiras de tecido  Há diversos modelos. “A questão é estar bem acoplada no rosto”, alerta o médico Guilherme Spaziani do Instituto de infectologia Emílio Ribas. “Deve ter três camadas: a que fica em contato com a pele deve ser de algodão, a que fica por fora deve ser impermeável e a do meio, de um tecido respirável.”
 Máscaras adesivas – Um modelo de máscara caseira que não tem alça, mas sim uma vedação de silicone. Tenha a certeza de que a cola não perderá sua capacidade de fixação ao longo do dia. São laváveis e reutilizáveis.
 Máscara antiviral –  Esse tipo de máscara é vendida como possível de ser usada por mais de quatro horas por ter íons de prata em sua composição. Mas ainda não há comprovação científica de sua eficácia.
 Face shield – O escudo protetor que cobre todo o rosto não dispensa o uso de máscara. É como uma proteção adicional, que ajuda a reforçar a barreira contra eventuais gotículas.

Proteção adequada

As máscaras de uso profissional devem ser reservadas para os trabalhadores da área da saúde, não apenas pelo risco de desabastecimento, mas também por gerarem uma quantidade grande de lixo, já que são descartáveis.

Paula Ianes usa a máscara N95 e a cirúrgica
Paula Ianes usa a máscara N95 e a cirúrgicaArquivo Pessoal

A pediatra Paula Ianes, por exemplo, conta que usa duas proteções no hospital. “Durante o atendimento uso dois tipos de máscaras: a N95 e a cirúrgica por cima, para proteção da primeira. Caso haja necessidade de algum procedimento mais invasivo, com risco aumentado de contaminação, além das duas, também uso o face shield”, conta ela, que geralmente faz plantão de 12 horas de quatro a cinco dias por semana. “O incômodo, até mesmo a dor, tornou-se comum. Sinto muito na região superior do nariz e das orelhas, pois também uso óculos.”

Para escolher sua máscara de tecido, há diversos modelos disponíveis no mercado: 3D, sem costura e sem elástico, com lenço acoplado, modelo que amarra atrás da cabeça... Leve em conta o conforto na escolha: o importante é a máscara ficar bem acoplada ao rosto.

Há também diversas possibilidades de amarrações nas máscaras caseiras. Para a produtora Cristine Marinho, de 34 anos, o modelo que oferece suporte para as orelhas com o próprio tecido da máscara é o melhor. “Como fico o dia inteiro com elas, tenho procurado comprar esse modelo que não me incomoda”, diz ela. Outra muito procurada, por não apertar a cabeça ou atrás da orelha, são as que oferecem amarração na cabeça - seja com o elástico duplo ou cordão. “A pessoa pode deixar o mais confortável possível”, explica a costureira Fernanda Lopes, da Nanda Lopes Ateliê. “Talvez a única desvantagem é que o nó pode afrouxar e a pessoa ter de manipular mais a máscara pra apertá-la.”

De acordo com Fernanda, o segredo para um encaixe perfeito no rosto é fazer a máscara com base na medida da ponta do nariz até a orelha. “Eu fiz uma tabelinha com as medidas (que vão do PP ao GG) e a pessoa escolhe de acordo com a medida dela”, diz. “Outro segredo é fechar bem as pregas da máscara. Quanto mais fechadinha, mais ela se ajustará ao seu rosto”.

As máscaras devem ser trocadas a cada três horas, mas há no mercado modelos que se dizem antivirais e que podem ser usadas por mais de quatro horas por ter íons de prata em sua composição. Segundo especialistas, no entanto, ela não é tão revolucionária quanto promete. “A máscara, propriamente, já funciona como uma estrutura de proteção”, explica o infectologista Jamal Suleiman.

“Ainda não tem um ensaio de longa duração mostrando que esse produto (máscara de tecido antiviral) de fato é capaz de quebrar a cadeia de transmissão.”

 Jamal Suleiman, infectologista

O profissional ressalta, contudo, que a adição da prata em locais como toalhas de mesa de restaurantes pode ser interessante. “É um caminho que parece promissor”, pontua. Uma máscara antiviral que foi de fato testada e teve sua eficiência comprovada é a MOxATech, produzida e vendida em Portugal e comercializada na loja varejista MO. O projeto foi desenvolvido pela empresa têxtil Adalberto, em parceria com a MO, o centro de tecnologia Citeve, o Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes de Lisboa (iMM) e a Universidade do Minho. Além de ter a comprovação da Diretoria Geral das Empresas (DGE) Francesa, pertencente ao Ministério da Economia.

“(Os testes) demonstraram uma inativação eficaz do SARS-CoV-2 mesmo após 50 lavagens, observando uma redução viral de 99% após uma hora de contato com o tecido", disse o coordenador dos trabalhos, Pedro Simas à agencia EFE. Por enquanto, a máscara está à venda apenas dentro da União Europeia, por cerca de 10 euros.



Uso correto

As máscaras de pano podem ser usadas até no máximo três horas ou até ficarem úmidas. Caso perceba umidade antes das três horas, troque-a, pois isso reduz a sua propriedade de filtrar. Leve a máscara extra em um saquinho tipo zip lock, e tenha outro vazio para colocar a usada.

Evite tocar na máscara, mas se esquecer, lave a mão ou passe álcool em gel em  seguida. Se for preciso retirá-la por alguns segundos, para beber água, por exemplo, é indicado continuar segurando a proteção com uma das mãos. Se não for possível, retire-a pelas alças e dobre-a com a parte interna virada para dentro. Depois, coloque-a novamente e lave as mãos.

Caso queira retirá-la para comer, portanto uma ação mais demorada, o mais adequado é trocar por outra limpa depois de se alimentar. “Não dá para colocar no queixo, pois para colocar ali você tem que mexer na frente dela e aí você já se contaminou. Ficar pendurada na orelha também não é seguro”, diz o infectologista Guilherme Spaziani, do Instituto Emílio Ribas.

Por serem reutilizáveis, é importante ter um cuidado extra na limpeza das máscaras. Devem ser lavadas com água e sabão - se preciso, coloque-as em uma solução com água sanitária em uma proporção de 10 ml para 500ml de água. Deixe na solução por cerca de 20 minutos. Retire e lave em água corrente. Depois, seque bem e passe com ferro.



Cuidados com a pele

Já ouviu falar em ‘mascne’? O termo surgiu com a Academia Americana de Dermatologia, que identificou que a prevalência de danos à pele de profissionais de saúde de primeira linha era muito alta. “Só que, com o tempo, passamos a perceber um aumento da acne em muitas pessoas que estão usando máscara, e não mais só nos profissionais de saúde”, declara a dermatologista Priscilla Guedes.

“Normalmente, são pacientes que já tinham casos e pioraram o seu quadro agora, porém também pode acontecer com quem nunca teve caso de acne”, lembra. Isso porque, segundo a fisioterapeuta dermatofuncional Débora B. H. Fogaça, a  máscara causa uma oclusão nos poros naquela região do rosto, o que pode desencadear cravos e espinhas. “É importante lembrar que isso não é algo que está acontecendo só agora. Isso acontece com quem tem franja, quem usa capacete... Mas, claro que ficou mais notório na pandemia”, diz Débora. No entanto, o estresse, muito presente no momento atual, pode contribuir para o quadro.

“O estresse, além da questão emocional, faz com que a gente entre em um desequilíbrio geral, pois afeta nosso sono, alimentação, e tudo isso favorece processos inflamatórios no nosso organismo, como a acne.”

 Débora B.H. Fogaça, fisioterapeuta dermatofuncional

Além da proliferação de cravos e espinhas, a fricção de uma máscara mais solta na pele pode gerar uma dermatite de contato. O  elástico da proteção muito justo pode provocar lesões e vermelhidão. Por isso é importante que a proteção se molde ao seu rosto, nem apertado demais ou ficando frouxo a ponto de aumentar a exposição ao vírus.

A umidade da máscara é um dos fatores que pode contribuir com a mascne. Assim que a perceber úmida, mesmo que seja antes das três horas recomendadas, troque. É importante também manter a pele hidratada por dentro e por fora. “Existe a falsa ideia de que o hidratante favorece o aparecimento de cravos e espinhas, mas isso é falso. A hidratação tem a ver com água na pele e a oleosidade tem a ver com a atividade da glândula sebácea. Em uma pele desidratada, a glândula sebácea vai trabalhar mais para cobrir essa falta da umidade. Portanto, a falta de hidratante favorece a espinha”, esclarece a profissional.

Passe água micelar ou água termal sempre que possível no rosto e dê preferência para os protetores solares com base para diminuir a quantidade de camadas de produtos na pele. Ao lavar o rosto, é indicado usar sabonete líquido facial e água fria. “Na hora de secar, não esfregue a toalha. Dê batidinhas”, indica Débora. Lembre-se de que o uso de produtos inadequados podem piorar o quadro e até gerar efeitos colaterais.


Máscaras x Óculos

Usar máscara e óculos não é uma combinação exatamente agradável. Segundo explica o oftalmologista Roberto Pereira Lima, o ar quente da fala, em vez de ir para frente, sobe por causa da barreira da máscara e encontra a lente do óculos, que é uma superfície fria. Assim, condensa, o que faz a lente do óculos embaçar. “É realmente uma coisa chata”, admite.

Para melhorar a situação, Roberto sugere três opções. Uma delas é puxar a máscara mais para cima do dorso do nariz, sem descobrir o queixo, e colocar o óculos apoiado em cima da proteção. “Porém, nem toda armação permite isso”, diz. Dependendo do tipo do problema ocular, a solução também não é possível, pois pode causar uma distorção óptica - como no caso de quem usa óculos multifocais.

Para o óculos não embaçar, coloque a armação por cima da máscara
Para o óculos não embaçar, coloque a armação por cima da máscaraTiago Queiróz / Estadão

Outra opção é posicionar uma fita micropore por cima da máscara e, assim, impedir totalmente a subida do ar, ou forrar o nariz, antes de colocar a máscara, com um lenço de papel e em seguida posicioná-la em cima. “É como se fosse uma barreira. Uma bloqueia o vapor e o suor do rosto e a outra fixa a proteção na pele do rosto”, explica.

Roberto alerta para não seguir dicas caseiras que surgem na internet, como passar antiembaçante para veículos nos óculos ou sabão em barra seguido de uma limpeza com papel higiênico. “Elas até podem ter um efeito esporádico, mas vão deteriorar as películas da lente.”

Uma opção que vem fazendo sucesso no mercado é a flanela de efeito antiembaçante. Segundo a marca Outfog, o efeito deve durar até 36 horas se a lente não for lavada. O fabricante reforça que “esse produto não é saneante", gerando um pouco de conflito, pois a limpeza dos óculos, para quem sai de casa, se faz necessária.

“Limpar o óculos ao chegar em casa é igual tirar os sapatos ao chegar.”

 Roberto Pereira Lima, oftalmologista

Quem usa óculos pode se incomodar também com o compartilhamento do espaço atrás da orelha entre o elástico e a haste do óculos. “O elástico roliço encaixa certo atrás da orelha, diferente do que é achatado, que puxa a orelha pra frente”, ensina a costureira Fernanda Lopes.

Independentemente das soluções encontradas para melhorar a situação, evite mexer no óculos ao longo do dia. “Se for manipular o óculos, lave as mãos antes e depois”, lembra Roberto.


Acessório fashion: como combinar sua máscara

Como o acessório veio para ficar, o cuidado com a saúde e a estética podem caminhar juntos. “Se você gosta de moda, você pode muito bem se cuidar e também ter estilo”, diz a influenciadora digital Letícia Oliveira.

Cristine Marinho não abre mão de estar na moda, mesmo com a proteção. “Primeiro escolho a roupa e depois a máscara, porque qualquer coisa sempre tem a pretinha básica, que serve pra tudo”, diz ela. “Quando eu percebo que não está combinando, eu troco.”

Uma dica é combinar as máscaras de cores únicas com algum outro acessório do  look. “É uma dica muito pessoal, mas eu uso a máscara preta com a bolsa, o sapato preto, para que converse com o acessório. Isso faz com que a combinação fique mais leve”, orienta Letícia. A regra vale, também, para a moda masculina.

Cristine Marinho gosta de ter várias opções de máscara para montar o look
Cristine Marinho gosta de ter várias opções de máscara para montar o lookArquivo Pessoal

Para situações formais, como ambiente do trabalho ou eventos que pedem o uso do terno, o ideal é combinar a máscara com a cor do terno. Outra opção é combinar a máscara com a cor da gravata. Apenas cuidado para que a cor não pese muito o look. O estilo deve ser pensado junto com o conforto, especialmente para homens com barba, afinal, o volume de pelos pode incomodar (hoje, já é possível encontrar no mercado modelos específicos para barbudos).

Para combinar outros tipos de estampas ou até aquelas com desenhos engraçados, ela indica seguir a paleta de cores da máscara. “O fundo da máscara tem uma cor base, então você brinca com essas cores. Se o fundo é azul e os detalhes brancos, por exemplo, você pode montar uma roupa com essas cores ou simplesmente seguir o fundo”, diz. No entanto, cuidado com os os detalhes presentes na máscara. “Evite aquelas muito extravagantes. Strass na máscara, por exemplo, é um lugar propenso para a bactéria ficar. Cientificamente falando, não existe necessidade”, indica a dermatologista Priscilla.

Ela recomenda ter no armário máscara clássicas (preta e branca) e ainda uma estampada. “Elas são muito fáceis de combinar.” O que não exclui as máscaras estampadas e extravagantes. “É questão de gosto”, diz. Assim, é interessante você seguir o seu estilo pessoal de roupas também na hora de escolher as máscaras. O importante é se sentir confortável e seguro.

No entanto, lembre-se que existem cores que naturalmente harmonizam melhor com a nossa cor de pele.

“Uma boa escolha de cores suaviza a textura da pele, valoriza os traços, traz uma aparência mais saudável e jovem, suaviza as olheiras e as linhas de expressão. Já a escolha errada vai fazer o inverso.”

 Le Alves, maquiadora

Segundo a colorimetria, a cor que escolhemos - em roupas, maquiagens, e, claro, máscaras - pode nos favorecer ou desfavorecer. Leve três pontos em consideração: temperatura (quente ou fria), profundidade (clara ou escura) e intensidade (opaca ou brilhante). Ou seja, uma máscara azul-clara corresponde a uma proteção de temperatura fria, com profundidade clara e intensidade opaca.

"Como a máscara está no rosto, ela acaba influenciando bastante”, diz a maquiadora. Para descobrir as melhores cores em você, é preciso testar. “O ideal é colocar próximo ao rosto e verificar como sua pele reage. Comece testando a profundidade, depois a intensidade e, por último, a temperatura”, indica. "A máscara está sendo a maquiagem do momento. É o novo batom, por isso tem de acertar.”

Se seu objetivo é disfarçar as orelhas dobradas pela proteção, faixas e lenços são ótimas soluções. “Outra dica que eu dou é: use brinco pequeno, assim você não vai chamar atenção para um lugar que você quer disfarçar”, conta Letícia.


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