Um ano de Guerra na Ucrânia: 5 mapas para entender o conflito

Invasão russa iniciada em 24 de fevereiro deflagrou o maior conflito da Europa desde a 2ª Guerra e causou consequências em todo o mundo

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Por Redação
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A Rússia começou a invasão na Ucrânia há um ano. Desde então, dezenas de milhares de pessoas foram mortas, milhões de ucranianos fugiram e o país sofreu dezenas de bilhões de dólares em danos. Maternidades, estações de trem, prédios residenciais e diversas infraestruturas civis do país foram destruídas e o mundo passou a conviver com uma ameaça nuclear sem precedentes desde a Guerra Fria.

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Neste período, alguns momentos definiram o rumo da guerra, ora em favor da Ucrânia, ora em favor da Rússia, e as consequências afetaram o mundo inteiro: desde o preço do gás, desestabilizando a Europa, até a iminência de uma guerra nuclear. Abaixo, veja 5 mapas que ajudam a entender a guerra:

Territórios da Ucrânia sob domínio da Rússia e crise migratória

O avanço das tropas russas na Ucrânia foi rápido e repentino, mas os ucranianos conseguiram resistir e protegeram Kiev de uma possível queda que poderia dar o domínio do país ao Kremlin. Com isso, a Rússia passou a avançar sobre áreas do país que contam com a atuação de forças separatistas pró-russas e que poderiam oferecer posições estratégicas – como a criação de uma ponte terrestre entre o país e a Península da Crimeia, anexada desde 2014. Muitas destas áreas hoje estão sob domínio russo.

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O início da guerra na Ucrânia marcou a maior crise migratória na Europa desde a 2ª Guerra. Mais de 7,8 milhões de ucranianos saíram do país para nações europeias vizinhas. Muitos cruzaram a fronteira para a própria Rússia, na tentativa de fugir dos conflitos em solo ucraniano.

Distribuição do gás russo na Europa

O apoio da União Europeia à Ucrânia na guerra, através do fornecimento de ajuda militar e da aplicação de sanções contra a Rússia, causou uma crise energética no continente devido à dependência do gás russo. Os preços do gás cresceram, aumentando o custo de vida em toda a Europa, e o combustível passou a ser utilizado estrategicamente pela Rússia para pressionar os europeus. Quando a Finlândia e a Suécia anunciaram a adesão à Otan em maio, por exemplo, Moscou interrompeu o fornecimento de energia para os países. Isso elevou as preocupações para o inverno do Hemisfério Norte.

Adesão da Finlândia e da Suécia à Otan

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Uma das justificativas da Rússia para a invasão russa na Ucrânia foi de evitar que o país aderisse a aliança militar do Ocidente – o que, para os russos, representaria uma ameaça. A intenção de Putin era ter um ‘cinturão’ neutro que o separasse dos países-membros da Otan. Entretanto, com a escalada da guerra, dois países da região – a Finlândia e a Suécia – decidiram aderir à aliança com a justificativa de que temiam invasões russas no futuro e acabaram por contrariar as intenções iniciais do Kremlin. Atualmente, a Rússia é cercada por países que fazem parte ou estão no processo de adesão da aliança.

Contraofensiva da Ucrânia destrói parcialmente ponte que liga Rússia à Crimeia

Em uma das ações mais significativas da contraofensiva ucraniana na guerra, as tropas militares do país destruíram parcialmente uma ponte que liga a Rússia à Crimeia desde que o território foi anexado, em 2014. A ação foi um dos eventos que provaram a evolução da Ucrânia no campo de batalha e afetou significativamente a logística entre os dois territórios em um momento crucial para a recuperação de áreas.