Acidente de avião no Japão: veja o que se sabe até agora

Avião da Japan Airlines colidiu com aeronave da guarda costeira japonesa na pista do Aeroporto de Haneda, em Tóquio

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Por Redação
Atualização:

Um grande avião de passageiros da Japan Airlines e uma aeronave da guarda costeira japonesa colidiram na pista do Aeroporto de Haneda, em Tóquio, na terça-feira, 2, explodindo em chamas e resultando na morte de cinco pessoas da tripulação da guarda costeira, afirmaram autoridades. A aeronave estava se preparando para decolar para entregar ajuda a uma área afetada por um grande terremoto na segunda-feira.

As imagens do acidente mostraram uma bola de fogo laranja irrompendo da aeronave da Japan Airlines no momento da colisão durante o pouso. As chamas se espalharam por toda a aeronave, que eventualmente ficou completamente comprometida. O incêndio foi extinto após cerca de seis horas. Veja, abaixo, o que se sabe até agora sobre o acidente.

O que houve com os passageiros?

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Todas as 379 pessoas a bordo do voo JAL-516 da Japan Airlines conseguiram sair em segurança antes que o Airbus A350 fosse totalmente consumido pelas chamas, confirmou o ministro japonês dos Transportes, Tetsuo Saito. Em 20 minutos, todos os passageiros e membros da tripulação deslizaram por escorregadores de emergência para escapar, enquanto os bombeiros tentavam apagar o incêndio com jatos de água.

O piloto da aeronave Bombardier Dash-8 da guarda costeira escapou, mas os cinco membros da tripulação morreram.

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Por que os aviões colidiram?

Até o momento, sabe-se que os dois lados tinham entendimentos diferentes sobre a permissão para usar a pista. O diretor executivo da Japan Airlines, Tadayuki Tsutsumi, disse em uma entrevista coletiva na terça-feira à noite que o A350 estava fazendo uma “entrada e aterrissagem normal” na pista. Outro executivo da companhia aérea, Noriyuki Aoki, disse que o voo recebeu permissão para pousar de autoridades de aviação.

Os controladores de tráfego aéreo deram permissão para o avião da Japan Airlines pousar, enquanto diziam ao piloto da guarda costeira para esperar antes de entrar na pista, informou a emissora pública japonesa NHK na quarta-feira. O piloto da guarda costeira disse que também recebeu permissão para decolar. A guarda costeira disse que está verificando essa alegação.

A polícia e os bombeiros se reúnem ao redor da aeronave da guarda costeira japonesa destruída no aeroporto de Haneda, em quarta-feira, 3 de janeiro de 2024, em Tóquio, Japão Foto: Kyodo News via AP

Como estão as investigações?

Autoridades de transporte e polícia iniciaram investigações separadas. Investigadores de segurança de transporte estavam focando na comunicação entre os controladores de tráfego aéreo e as duas aeronaves para determinar o que levou à colisão. Já a polícia iniciou uma investigação separada sobre possível negligência profissional.

Investigadores de segurança de transporte planejam entrevistar pilotos, oficiais de ambos os lados e controladores de tráfego aéreo. Na quarta-feira, 3, seis especialistas da Junta de Segurança de Transporte do Japão examinaram o que restava da aeronave.

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O Ministério dos Transportes divulgou uma transcrição da comunicação do controle de tráfego aéreo de cerca de 4 minutos e 27 segundos antes do acidente. Não houve uma aprovação clara para a decolagem do avião da guarda costeira.

De acordo com o texto, o controle de tráfego aéreo de Tóquio deu permissão ao Airbus A350 da Japan Airlines para pousar na Pista C. O avião da guarda costeira disse que estava taxiando para a mesma pista, e o controle de tráfego instruiu-o a prosseguir até a linha de parada à frente da pista. O controlador observou que a guarda costeira tem prioridade de partida, e o piloto disse que estava se movendo para a linha de parada. A comunicação termina aí. Dois minutos depois, houve uma pausa de três segundos, indicando aparentemente o momento da colisão.

O acidente de terça-feira foi o primeiro dano severo a um Airbus A350, entre os aviões de passageiros de grande porte mais recentes da indústria. A aeronave entrou em serviço comercial em 2015. A Airbus disse em comunicado que está enviando especialistas para ajudar nas investigações do acidente. /COM AP

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