Nesta semana, 89 imigrantes com destino à Europa morreram e 72 estão desaparecidos depois que o barco em que estavam virou no mar, a quatro quilômetros da cidade de N’Diago, na costa da Mauritânia, afirmou a Agência Mauritânia de Notícias na quinta-feira, 4. A guarda costeira do país africano resgatou nove pessoas, incluindo uma menina de cinco anos. O barco havia partido da fronteira do Senegal com a Gâmbia no dia 28 de junho, com 170 passageiros a bordo.
Mesmo sendo perigosa, devido às fortes correntes, essa rota do Atlântico para tentar chegar à Europa é usada por imigrantes que viajam em barcos sobrecarregados, muitas vezes inseguros e sem água potável suficiente, segundo informações do The Guardian. A popularidade do caminho cresceu devido a uma maior vigilância no Mediterrâneo.
O jornal britânico afirma que, em 2023, no período de um ano, mais que dobrou o número de pessoas desembarcando nas Ilhas Canárias, comunidade autônoma da Espanha que fica a 100 km de distância de seu ponto mais próximo no Norte da África. no litoral de Marrocos - muitas embarcações de madeira, no entanto, partem de mais longe, como de outras regiões do Marrocos, do Saara Ocidental, da Mauritânia, da Gâmbia e do Senegal.
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Mais de cinco mil pessoas morreram tentando chegar na Espanha por vias marítimas apenas nos primeiros cinco meses deste ano, ou seja, foram 33 mortes diárias, de acordo com Caminando Fronteras, uma instituição de caridade espanhola. Esse é o maior número diário de mortes desde o início da série histórica do levantamento, em 2007. A maioria dos óbitos aconteceu na rota do Atlântico.
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