Alemanha aprova endurecimento das medidas de combate à covid-19

A partir da medida, que ainda precisa de ratificação do parlamento, o governo poderá determinar toque de recolher em uma região específica se o índice de novos contágios por 100 mil habitantes ultrapassar a marca de 100

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Por Redação
Atualização:

O governo da Alemanha aprovou nesta terça-feira, 13, o endurecimento da lei de proteção contra as infecções por covid-19. Na prática, a medida permite que restrições unificadas de combate sejam decretadas em todo o território.

O projeto, que precisa de ratificação na Câmara Baixa do Parlamento, estabelece que a partir da marca de 100 novos casos a cada 100.000 habitantes em três dias, o Estado federal poderá decidir sobre medidas como aplicação de toques de recolher noturnos, redução de contatos entre pessoas em locais privados ou fechamento de estabelecimentos comerciais considerados não essenciais, informou o governo.

A chanceler Angela Merkel após anunciar o endurecimento da lei anti-covid na Alemanha. Foto: ANNEGRET HILSE / POOL / AFP

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"Nossa resposta à pandemia deve se tornar mais rigorosa e coerente", disse a chanceler Angela Merkel, partidária de uma linha-dura de combate ao vírus. "A situação é grave e temos que levá-la a sério. A terceira onda da pandemia domina nosso país", acrescentou. 

Até o momento, as medidas de combate ao coronavírus eram responsabilidade não apenas do governo, mas também das regiões, que têm competência na área de saúde com base no federalismo alemão.

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Alguns governos regionais aplicaram medidas para reduzir as transmissões do vírus, e outros as ignoravam. Como resultado, as regras variam de um local para o outro, o que gera confusão e tensão entre a população.

Merkel tentava há alguns meses convencer os líderes regionais da importância de uma abordagem rígida. A associação de prefeituras, no entanto, considera que impor toques de recolher pode ser "problemático no nível constitucional".

Nesta terça-feira, a taxa de incidência estava em 140,9 casos por 100 mil habitantes no país, que já ultrapassou três milhões de infecções desde o início da pandemia.

A impossibilidade de impor um confinamento estrito na Páscoa e a flexibilização das restrições em algumas regiões foram a gota d'água para a chanceler.

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"Atualmente, existem mais de 300 regiões que ultrapassam essa taxa (de 100), e em mais de 50 a incidência é superior a 200", disse o porta-voz do chanceler, Steffen Seibert, na segunda-feira, 12.

A ideia é "chegar o mais rápido possível a uma situação com taxas de infecção mais baixas, para assim amenizar as restrições", resumiu. 

A descoordenação no combate à pandemia e a evolução lenta da vacinação entre os alemães provocou a perda de confiança na capacidade das autoridades para administrar a crise sanitária, a menos de seis meses das eleições legislativas. / AFP

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