PUBLICIDADE

Dois alpinistas russos são resgatados feridos após 6 dias presos em pico no Paquistão

Um alpinista ainda está desaparecido e acredita-se que ele esteja morto

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação

Após seis dias presos em um pico remoto no nordeste do Paquistão, dois alpinistas russos foram finalmente resgatados, feridos, enquanto outro permanece desaparecido e é dado como morto, disse um oficial de montanhismo nesta quarta-feira, 21.

PUBLICIDADE

O grupo de cinco alpinistas, que iniciou sua expedição em um dos picos do Gasherbrum para recuperar o corpo de um colega que morreu lá no ano passado, foi atingido por uma massa de gelo na última sexta-feira, 16, informaram as autoridades. Os socorristas transportaram dois dos alpinistas de helicóptero na segunda-feira, 19, mas mais planejamento foi necessário para resgatar os outros dois, que não podiam se mover devido aos ferimentos.

Um helicóptero do exército, com o apoio de voluntários locais, ajudou a resgatar os dois alpinistas feridos na última terça-feira, 19, disse Karrar Haidri, secretário do Alpine Club do Paquistão, acrescentando que o terceiro alpinista caiu em uma fenda e não pôde ser localizado.

Alpinistas foram resgatados de um dos picos do Gasherbrum, no nordeste do Paquistão.  Foto: OLderman, CC BY-SA 3.0/Wikimedia Commons

Haidri disse nesta quarta-feira que os dois foram levados do pico para o acampamento base e estavam em condição estável. “Um helicóptero estava pronto para transportá-los para a cidade de Skardu, no norte, mas não pôde voar devido ao mau tempo”, disse ele, que acrescentou que eles estavam tentando encontrar outra maneira de levá-los a um hospital.

O grupo russo, que não estava acompanhado por guias, tomou uma rota incomum no Gasherbrum. Embora Haidri tenha reconhecido que os alpinistas foram atingidos pela formação de gelo enquanto “subiam a montanha por uma causa nobre”, ele ainda assim alertou contra tais empreendimentos.

“Os alpinistas estão plenamente cientes dos perigos ligados a essas missões, mas ainda optam por rotas perigosas e inexploradas”, disse ele. “É assim que os alpinistas estabelecem recordes, mas também enfrentam desafios.”

Centenas de alpinistas tentam escalar montanhas no norte do Paquistão todos os anos e acidentes são comuns devido a avalanches e mudanças repentinas no clima. Neste mês, um alpinista paquistanês, Murad Sadpara, de 35 anos, conhecido por participar de missões de resgate em grande altitude, morreu durante a descida de uma das montanhas mais altas do país, no norte. / AP

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.