60 pessoas foram presas na Rússia após centenas protestarem no aeroporto de Makhachkala, capital da região do Daguestão, pela chegada de um avião de Tel-Aviv, Israel no domingo, 29. Os manifestantes correram atrás dos passageiros que estavam no avião que havia pousado de Israel em diversas áreas do aeroporto, incluindo na pista de aterrissagem.
Segundo a imprensa russa, a multidão chegou a cercar o avião, que pertence à companhia aérea russa Red Wings.
As autoridades fecharam o aeroporto de Makhachkala e a polícia liberou as instalações do aeroporto. O Ministério da Saúde do Daguestão afirmou que mais de 20 pessoas ficaram feridas, duas delas em estado crítico. Os feridos incluíam policiais e civis.
Diversos vídeos que circularam nas redes sociais mostram uma multidão agitando bandeiras da Palestina e proferindo insultos antissemitas. Alguns russos que estavam protestando queriam até checar os passaportes dos passageiros do voo no intuito de identificar os passageiros israelenses.
Netanyahu condena protestos antissemitas
Em um comunicado, o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, condenou os protestos na Rússia e afirmou que espera que as autoridades russas protejam os israelenses e judeus na Rússia. O gabinete de Netanyahu acrescentou que o embaixador israelense em Moscou estava trabalhando com os russos para garantir a segurança dos israelenses no país.
O governador do Daguestão, Sergei Melikov, prometeu consequências para qualquer pessoa que participasse da violência.
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“As ações daqueles que hoje se reuniram no aeroporto de Makhachkala são uma violação grosseira da lei. O que aconteceu em nosso aeroporto é ultrajante e deveria receber uma avaliação apropriada das agências de aplicação da lei, e isso definitivamente será feito”, afirmou Melikov em uma publicação no Telegram.
A agência de aviação civil da Rússia, Rosaviatsia, informou que o campo de aviação havia sido liberado, mas que o aeroporto permaneceria fechado para chegada de aeronaves até 6 de novembro./AP
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