LOS ANGELES, ESTADOS UNIDOS - Ao menos 900 crianças imigrantes foram separadas de suas famílias na fronteira dos Estados Unidos com o México no ano passado, apesar de uma ordem judicial para o governo de Donald Trump parar com essa prática, informou nesta terça-feira, 30, a União Americana de Liberdades Civis (ACLU).
Em San Diego, o grupo de direitos humanos denunciou que o governo está acusando os pais de delitos menores, como infrações de trânsito e negligência, para seguir separando as crianças na fronteira. Um pai foi afastado de sua filha de 1 ano porque ele não trocou a fralda dela, exemplificou a ACLU.
Em outro caso, uma menina de 3 anos foi separada do pai sob a alegação de que ele não podia provar que era realmente pai da criança. A família fez um teste de DNA que confirmou o vínculo, mas nesse período a garota foi abusada sexualmente enquanto estava detida.
Outro menino, de 4 anos, foi separado porque seu pai tinha um problema de fala que o impediu de responder às perguntas dos agentes da Patrulha da Fronteira, de acordo com a ACLU.
O governo Trump começou a separar as crianças de seus pais em maio do ano passado, como parte de uma política de "tolerância zero" em relação aos imigrantes que cruzam a fronteira ilegalmente. Mas seis semanas depois de começar a prática, que provocou indignação e protestos internacionalmente, o presidente mudou de posição e anunciou que seu governo deixaria de separar as famílias a menos que os pais representassem um "risco" para seus filhos. /AFP
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