PUBLICIDADE

Apagão cibernético global atrasa voos e prejudica serviços bancários e de comunicação

Companhias aéreas, empresas de mídia, bancos e serviços de saúde foram afetados em vários países; interrupção é atribuída à CrowdStrike, empresa responsável por um antivírus corporativo usado em grandes estruturas digitais

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Um apagão cibernético está provocando atrasos em voos, além de prejudicar serviços bancários e de comunicação ao redor do mundo, nesta sexta-feira, 19. Diversos países reportaram problemas técnicos que afetaram redes de televisão nacionais, aeroportos internacionais, operadoras ferroviárias, bolsas de valores e outros serviços. O apagão foi causado por um problema operacional na CrowStrike, empresa de segurança cibernética cujo software é usado pelo sistema operacional Microsoft Windows. A Microsoft afirma que a “causa subjacente” da interrupção em massa foi corrigida para seus aplicativos, mas o “impacto residual” continua afetando alguns serviços.

PUBLICIDADE

A autoridade nacional de cibersegurança da Austrália anunciou que várias empresas foram afetadas por um “apagão técnico em larga escala”. Companhias nos Estados Unidos, Espanha, Reino Unido, Nova Zelândia, Índia, e Holanda também reportaram dificuldade. Ainda não há informações sobre problemas no Brasil.

Não há indícios de que o apagão esteja relacionado a um ataque hacker. A empresa disse anteriormente que o problema se devia a “uma atualização de uma plataforma de software de terceiros” – que agora foi confirmada como Crowdstrike, companhia de segurança cibernética cujo software é usado por dezenas de indústrias ao redor do mundo para proteger contra hackers e violações externa

Apagão cibernético afeta voos e telecomunicações ao redor do planeta Foto: Christoph Soeder/AP

A interrupção global teria sido causada por uma atualização de segurança falha do software CrowdStrike chamado Falcon Sensor, segundo o pesquisador e consultor independente de segurança cibernética Lukasz Olejnik. Embora uma correção atualizada já tenha sido enviada aos computadores, Olejnik afirma que não estava claro quanto tempo levaria para resolver o problema.

Em um comunicado, a empresa americana Microsoft afirmou que estava adotando medidas para solucionar a situação. “Os nossos serviços continuam observando melhorias contínuas enquanto seguimos adotando medidas de mitigação”, escreveu a empresa na rede social X.

Passageiros olham voos no aeroporto de Berlim após um apagão global prejudicar o sistema cibernético mundial  Foto: Ralf Hirschberger/AFP

Os efeitos colaterais foram sentidos em todo o mundo:

  • Pelo menos três grandes companhias aéreas dos EUA, American, United e Delta, suspenderam todos os voos, de acordo com a Administração Federal de Aviação.
  • Os problemas foram relatados em aeroportos ao redor do mundo, incluindo o Aeroporto Internacional de Hong Kong, o Aeroporto de Sydney, o Aeroporto de Berlin Brandenburg e o Aeroporto de Schiphol em Amsterdã. No Aeroporto de Manchester, no Reino Unido, havia longas filas na área de embarque, pois muitas máquinas nos balcões de check-in não estavam funcionando. A Ryanair, uma das maiores companhias aéreas da Europa, disse que estava passando por interrupções devido a uma interrupção de TI de terceiros que está “totalmente fora de nosso controle”.
  • Nos EUA, a queda está afetando as linhas de emergência 911 em vários estados, disse o US Emergency Alert System nas redes sociais, pedindo que as pessoas em emergências liguem para o número da polícia ou do corpo de bombeiros local.

Publicidade

  • No Reino Unido, o Serviço Nacional de Saúde estava sofrendo uma perda de acesso aos seus sistemas de computador em vários hospitais e consultórios médicos.
  • Muitas emissoras de televisão também relataram problemas. Na França, a TF1 e o Canal+, entre os mais assistidos, disseram em postagens no X que não poderia ir ao ar. “Estamos todos no palco, mas há uma pane gigantesca na sala de controle”, impossibilitando a transmissão ao vivo, escreveu Christophe Beaugrand-Guerrin, apresentador da TF1, no X. /AFP e NYT.
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.