O primeiro-ministro do Egito, Mostafa Madbouly, decretou a revogação da licença de 16 empresas de turismo por facilitarem ilegalmente viagens de peregrinos a Meca, na Arábia Saudita. Os gerentes dessas agências foram encaminhados ao Ministério Público egípcio. A medida aconteceu depois que vários países notificaram mais de mil mortes na peregrinação deste ano - muitas atribuídas ao calor forte. As informações são do jornal britânico The Guardian.
“O primeiro-ministro ordenou que as licenças dessas empresas sejam revogadas, seus gerentes encaminhados ao Ministério Público e a imposição de uma multa para beneficiar as famílias dos peregrinos que morreram por causa delas”, dizia uma declaração emitida pelo gabinete do governante egípcio.
O documento também informou que o alto número de óbitos foi causado pelas empresas que usavam um tipo de visto pessoal. Em peregrinações, o visto precisa ser específico porque dá acesso à assistência médica e aos locais sagrados. “Organizaram os programas de hajj (peregrinação) usando um visto de visita pessoal, que impede seus portadores de entrar em Meca”
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Um sistema de cotas define o recebimento de cada país das permissões para a peregrinação, que são distribuídas aos indivíduos por meio de um sorteio.
De acordo o The Guardian, há um incentivo a fazer a peregrinação sem a licença devido aos altos custos dos pacotes turísticos. A rota irregular se tornou cada vez mais popular desde 2019, quando a Arábia Saudita introduziu um visto geral de turismo, que facilitou a entrada no Golfo Pérsico.
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