O governo da Argentina denunciou que forças de segurança venezuelanas detiveram um policial argentino, na semana passada, “sem motivo legítimo” e em “clara violação de seus direitos fundamentais”, além de um funcionário local da embaixada em Caracas.
“A chancelaria argentina e o Ministério da Segurança expressam seu mais enérgico repúdio à detenção arbitrária e injustificada do suboficial da Gendarmaria Nacional Argentina, Cabo Primero Nahuel Agustín Gallo, por parte das autoridades venezuelanas”, declarou o governo em comunicado publicado na rede X e republicado pelo presidente Javier Milei.
Pouco depois, em outro comunicado, o governo argentino condenou a “detenção arbitrária e injustificada” de um funcionário local da embaixada argentina em Caracas, alegando tratar-se de uma violação das normas internacionais que garantem a inviolabilidade das sedes diplomáticas e a proteção de seu pessoal, e exigiu sua libertação.
A chancelaria argentina não identificou o funcionário nem forneceu detalhes sobre as circunstâncias de sua detenção.
Gallo foi detido “sem motivo legítimo algum” na semana passada, ao entrar no território venezuelano vindo da Colômbia, por um ponto de fronteira terrestre, para visitar sua família e sua parceira, que estavam no estado de Táchira (sudoeste), informou a chancelaria.
O governo argentino exigiu a libertação do policial e denunciou a violação de seus direitos fundamentais.
As denúncias ocorrem na mesma semana em que o chanceler argentino, Gerardo Werthein, exigiu que Maduro, diante da Organização dos Estados Americanos (OEA), conceda salvo-conduto a seis opositores venezuelanos refugiados desde março na embaixada argentina em Caracas.
Os seis são colaboradores da líder opositora venezuelana María Corina Machado, incluindo sua chefe de campanha, Magalli Meda, acusados de “terrorismo”./AFP
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