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Argentina: inflação desacelera em julho e chega ao menor nível desde janeiro de 2022

Apesar das quedas consecutivas ocorridas após a explosão de dezembro de 2023, a taxa anual de 263,4% ainda é a maior do mundo

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Foto do author Clayton Freitas
Atualização:

A inflação na Argentina chegou a 4% no mês de julho, a menor desde janeiro de 2022, quando atingiu 3,9%. Foi a terceira vez seguida que a taxa fica abaixo de 5%. A variação acumulada em 2024 chegou a 87%, e, no ano, atingiu 263,4%.

Luiz Caputo, ministro da economia argentino, comentou sobre o recuo da inflação durante as comemorações do 170º aniversário da Bolsa de Cereais da Argentina Foto: Governo da Argentina/Reprodução

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Os dados Índice de Preços ao Consumidor foram divulgados nesta quarta-feira, 14, pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec). Os dados indicam que a maior alta foi no setor de restaurantes e hotéis, com 6,5%, seguido de bebidas alcoólicas e fumo (6,1%), este último influenciado pelo aumento dos cigarros.

O bloco de habitação, água, eletricidade e outros combustíveis teve avanço de 6%, puxado, entre outros motivos, pelo aumento no preço dos aluguéis. As duas divisões com as menores variações em julho foram vestuário e calçados (1,6%), e transportes (2,6%).

Ao assumir o governo em dezembro de 2023, o presidente argentino Javier Milei colocou em prática seu ajuste de gastos estatais, eliminando órgãos estatais, promovendo grandes cortes em obras públicas e suspendendo o financiamento às províncias.

Apesar das quedas consecutivas ocorridas após a explosão de dezembro de 2023, quando atingiu 25,5%, a taxa anual de inflação da Argentina, de 263,4%, ainda é a maior do mundo. Isso leva à corrosão dos salários dos argentinos e, consequentemente, à queda de consumo. Em junho, o PIB (Produto Interno Bruto) argentino recuou 5,1% e o país entrou em recessão técnica.

Metas

“Estamos acabando com o imposto mais distorcido de todos, que é o imposto inflacionário”, afirmou Luiz Caputo, ministro da economia argentino.

O comentário ocorreu durante as comemorações do 170º aniversário da Bolsa de Cereais. Caputo disse ainda que Milei tem total convicção para não se afastar “nem um pingo da regra fiscal”.

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A meta, diz o ministro, permanece sendo acabar com o déficit fiscal. “Viemos para acabar com a inflação e baixar os impostos”, afirmou.

Ao falar que a meta do governo é a de gerar “competitividade devolvendo dinheiro ao setor privado, baixando impostos”, ele afirmou que os esforços também devem partir do setor privado. “Para que possamos ter um maior crescimento, e tenhamos um excedente fiscal”, afirmou.

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