Com 55,7% dos votos contra 44,3% o peronista Sergio Massa, o libertário Javier Milei venceu, no domingo, 19, as eleições presidenciais da Argentina. A vantagem histórica de Milei sobre seu adversário fez com que ele se tornasse o candidato com o maior número de apoiadores nos últimos 40 anos, desde a redemocratização do país.
O presidente eleito recebeu 14.476.462 votos (55,69%) no segundo turno, de acordo com a Direção Nacional Eleitoral da Argentina. O número supera o então recorde do direitista Mauricio Macri, eleito em 2015. Macri, que foi o primeiro não peronista a concluir um mandato na Argentina e era então representante da Alianza Cambiemos, foi eleito no segundo turno, realizado em 22 de novembro de 2015, com 12.988.349 votos (51,3%).
De acordo com a agência norte-americana Associated Press e dados do sistema eleitoral argentino, os 55,7% de Milei foram porcentagem mais elevada que um candidato presidencial recebeu, pelo menos, desde 1983, quando o país promoveu as primeiras eleições democráticas após o período de ditadura militar.
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Milei ficou conhecido como comentarista televisivo e clipes de suas intervenções foram parar nas redes sociais, onde viralizou. Ele fez eco em um eleitorado que repudia o kirchnerismo, corrente da atual vice-presidente e duas vezes presidente Cristina Kirchner, condenada por corrupção, após ter dominado a política argentina nos últimos 20 anos, com intervalo no mandato de Macri entre 2015 e 2019.