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Argentina: central sindical do país convoca greve geral contra medidas de Milei para janeiro

Mobilização, marcada para o próximo dia 24, rejeita o decreto do presidente argentino que contempla a revogação ou modificação de mais de 300 leis

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Por Redação
Atualização:

A principal central sindical da Argentina anunciou nesta quinta-feira, 28, a primeira greve geral contra o governo ultraliberal de Javier Milei, marcada para 24 de janeiro, em protesto contra as reformas econômicas e trabalhistas que limitam o poder dos sindicatos. A paralisação foi acordada pelos líderes da Confederação Geral do Trabalho (CGT), que também convocaram uma mobilização de seus afiliados em direção ao Congresso no mesmo dia.

“No dia 24 vamos fazer uma greve com mobilização no Congresso para apoiar aqueles deputados e senadores que nos dizem que isso não pode acontecer na Argentina”, disse o secretário-geral da CGT, Héctor Daer, considerando que o decreto e os projetos de lei, que visam desregular a economia argentina, concentrariam no presidente “a soma do poder público”.

Os sindicatos rejeitam um decreto de Milei que contempla a revogação ou modificação de mais de 300 leis que pretendem modificar de forma significativa a economia argentina. No campo trabalhista, o pacote de medidas introduz mudanças que desafiam o poder sindical e alteram a legislação que até então beneficiava os trabalhadores. Por um lado, limita o direito à greve em atividades essenciais, como serviços hospitalares, educação e transporte, e abre caminho para novos métodos de indenização que facilitariam as demissões.

Membros de sindicatos protestaram contra o decreto de emergência do presidente Javier Milei em Buenos Aires, na quarta-feira, 27. Foto: Luis ROBAYO/AFP

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Também permite que os trabalhadores enviarem suas contribuições diretamente a prestadores de saúde privados, em vez de o fazerem por meio de obras sociais sindicais como era feito até agora, impactando uma fonte importante de recursos para o setor.

O anúncio da greve surge um dia após a CGT, junto com a Central de Trabalhadores da Argentina (CTA) e organizações sociais, ter marchado até os tribunais de Buenos Aires em apoio a uma ação judicial contra o decreto, considerado inconstitucional.

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