Armas químicas em Mariupol: Opaq manifesta ‘preocupação’ com denúncias; EUA estudam caso

Autoridades e forças ucranianas acusam a Rússia de usar agentes químicos contra soldados e civis na cidade sitiada; separatistas pró-Moscou negam afirmações

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Por Redação

KIEV - A Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) afirmou nesta terça-feira, 12, estar “preocupada” com as alegações de uso de armas químicas na cidade ucraniana de Mariupol, sitiada por forças russas há mais de um mês.

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“A Secretaria (da OPAQ) está preocupada com os recentes relatos não confirmados sobre o uso de armas químicas em Mariupol, divulgados pela mídia nas últimas 24 horas”, disse a organização em um comunicado.

“Esses relatórios seguem os publicados pela imprensa nas últimas semanas sobre os bombardeios contra fábricas químicas na Ucrânia e as acusações entre as duas partes sobre um possível uso abusivo de produtos químicos tóxicos”, acrescentou o texto.

A Opaq lembrou que seus 193 membros, incluindo Rússia e Ucrânia, fazem parte da Convenção sobre Armas Químicas, um tratado internacional de grande importância no campo do desarmamento, que está em vigor desde 1997.

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Separatistas pró-russos dirigem tanque na cidade portuária de Mariupol, na Ucrânia Foto: Alexander Ermochenko/REUTERS

Também nesta terça-feira, os Estados Unidos disseram ter “informações críveis” sobre a possibilidade de a Rússia estar usando “agentes químicos” em sua ofensiva para controlar Mariupol, cercada pelos russos há mais de um mês.

Segundo o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, “as forças russas poderiam usar diferentes agentes antidistúrbios, incluindo gás lacrimogêneo misturado com agentes químicos que reforçariam os sintomas para fragilizar e imobilizar os combatentes e civis ucranianos como parte de sua campanha agressiva para tomar Mariupol”.

“Compartilhamos esta informação com a Ucrânia e estamos em contato direto com nossos aliados para determinar o que está acontecendo atualmente, é um tema muito preocupante”, declarou Blinken, que afirmou, porém, que não pode confirmar as recentes acusações de que as forças russas já usaram armas químicas em Mariupol.

O porta-voz da diplomacia americana, Ned Price, afirmou que Washington está “disposto a ajudar” as autoridades ucranianas em sua investigação.

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As denúncias contra a Rússia começaram a surgir na segunda-feira, 11. A deputada ucraniana Ivanna Klympush disse que a Rússia usou uma “substância desconhecida” em Mariupol e que a população apresentava problemas respiratórios. “O mais provável, armas químicas”, tuitou.

O Batalhão Azov, uma força de extrema direita ucraniana, disse no Telegram que um drone russo havia despejado uma “substância venenosa” nas tropas e civis ucranianos em Mariupol. O grupo afirmou que as pessoas apresentavam problemas respiratórios e neurológicos.

As forças separatistas pró-russas negam as acusações. /AFP

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