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Ataque a tiros em escola nos Estados Unidos deixa quatro mortos e 9 hospitalizados

O ataque foi relatado por volta das 10h20 (11h20 no horário de Brasília) e um suspeito foi preso no local

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Por Redação
Atualização:

Um ataque a tiros em uma escola secundária no Estado americano da Geórgia deixou quatro mortos e 9 hospitalizados, segundo informações da secretaria de Investigação do Estado. Um suspeito foi preso na escola que fica em Winder, cerca de 72 quilômetros da capital do Estado, Atlanta.

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De acordo com um porta-voz do Departamento do Xerife do Condado de Barrow, o ataque foi relatado por volta das 10h20 (11h20 no horário de Brasília). Segundo a CNN americana o ataque a tiros deixou 30 feridos, mas não há informações se todos os ferimentos foram causados diretamente por conta do ataque.

A emissora americana também apontou que o suspeito é um adolescente de 14 anos. Não está claro se ele é um aluno da instituição atacada.

Estudantes de uma escola secundária em Winder, Geórgia, são retirados para um estádio de futebol americano após um ataque a tiros no local  Foto: Erin Clarke / AP

O representante de um hospital em Atlanta disse que recebeu uma vitima que tinha sido baleada na Escola Secundária Apalachee, na cidade de Winder. Várias escolas da região foram fechadas após o incidente.

O FBI foi chamado ao local e o Departamento de Investigação da Geórgia anunciou que uma investigação estava em andamento. Imagens da WSB-TV, uma emissora local, mostraram pais fazendo fila em carros para buscar seus filhos, muitos deles reunidos no campo de futebol da escola, que tem 1,9 mil alunos.

Estudantes acharam que era treinamento para emergências

Os estudantes da escola Escola Secundária Apalachee passaram por treinamentos de como se proteger em caso de ataque a tiros. Quando viu o aviso de lockdown na aula de espanhol, Jose Inciarte achou que fosse mais um exercício. “Mas, então, ouvimos barulho de chaves, correria e gritos”, relatou.

Aos 16 anos, ele o os colegas da Apalachee fazem parte de uma geração de estudantes que aprende protocolos e táticas de proteção em caso de ataque a tiros como parte da sua formação. Apesar do treinamento, eles disseram que não poderiam imaginar o medo que sentiram quando o atirador abriu fogo na escola.

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Isabella Albes Cardenas, de 15 anos, conta que ouviu portas se fechando e, em seguida, o que pareciam tiros. “Eles nos preparam para essas coisas”, disse. “Mas no momento, comecei a chorar. Fiquei nervosa.”

Democratas cobram ações contra violência armada

O presidente americano Joe Biden lamentou as mortes e cobrou do Partido Republicano a aprovação de leis para conter a epidemia de violência armada nos Estados Unidos.

“É outro lembrete horrível de como a violência armada continua a destruir nossas comunidades. Estudantes de todo o país estão aprendendo a se abaixar e se proteger em vez de aprender a ler e escrever”, disse em nota. ‘Após décadas de inação, os republicanos no Congresso devem finalmente dizer “basta” e trabalhar com os democratas para aprovar uma legislação de senso comum sobre segurança de armas’, seguiu.

Ele defendeu a proibição de armas de assalto e carregadores de alta capacidade, exigência de armazenamento seguro para armas, verificação universal de antecedentes e o fim da imunidade para fabricantes de armas. “Essas medidas não trarão de volta aqueles que foram tragicamente mortos hoje, mas ajudarão a evitar que a violência trágica com armas de fogo destrua mais famílias”, concluiu.

Estudantes são retirados da Escola Secundária Apalachee, em Winder, Geórgia, após um ataque a tiros  Foto: Erin Clark/ AP

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A vice-presidente Kamala Harris, candidata do Partido Democrata à Casa Branca, também cobrou ações contra a violência armada. “É simplesmente revoltante que todos os dias, nos Estados Unidos da América, os pais tenham que mandar seus filhos para a escola preocupados se eles voltarão para casa vivos ou não”, disse ela durante evento de campanha em New Hampshire.

O governador da Geórgia, Brian Kemp (Partido Republicano), disse que todos os recursos estaduais foram disponibilizados para responder ao incidente. “Continuaremos a trabalhar com parceiros locais, estaduais e federais à medida que coletamos informações e respondemos ainda mais a esta situação”, acrescentou Kemp./com AP e NYT

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