Um ataque aéreo em um bairro residencial na cidade ucraniana de Dnipro, na noite deste sábado, 3, matou uma menina de dois anos e feriu outras 22 pessoas, informaram as autoridades na manhã deste domingo.
O presidente ucraniano Volodmir Zelenski culpou a Rússia pelo ataque, que, segundo um governador local, destruiu parcialmente dois prédios de dois andares, dez casas particulares, uma loja e um gasoduto.
Os bombardeios russos contra a Ucrânia se intensificaram nas últimas semanas, assim como as incursões das tropas de Kiev na direção oposta.
A Ucrânia vem preparando uma grande contraofensiva há meses para recuperar o terreno perdido desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022.
Nos escombros do ataque de sábado, as equipes de resgate encontraram o corpo de uma menina.
“À noite, o corpo de uma menina foi retirado das ruínas de uma casa na comunidade de Pidhorodnenska”, diz Serhiy Lisak, governador da região de Dnipropetrovsk, postou no Telegram no domingo.
“Ela tinha acabado de completar dois anos”, acrescentou.
O governador havia dito anteriormente que cinco crianças ficaram feridas, incluindo três em estado grave que precisavam de cirurgia. “Vinte e duas pessoas ficaram feridas. Cinco delas eram crianças”, disse ele em sua última atualização.
Zelenski culpou a Rússia pelo ataque e disse que havia pessoas presas nos escombros. “Mais uma vez, a Rússia prova que é um Estado terrorista”, disse ele.
Em Kiev, o chefe da administração militar local informou que as defesas aéreas da capital repeliram vários mísseis e drones.”De acordo com nossas informações preliminares, nem um único alvo aéreo foi atingido na capital”, disse Serhiy Popko no Telegram no domingo.
”As forças de defesa aérea destruíram tudo o que se aproximou da cidade a partir de uma longa distância. Pela segunda noite consecutiva, os moradores de Kiev não ouviram nenhum som de explosões no céu.
No sábado, os bombardeios ucranianos mataram duas pessoas em Belgorod, uma região russa na fronteira que foi alvo de repetidos ataques nesta semana, disse o governador local.
As cidades fronteiriças de Belgorod foram alvo de ataques sem precedentes, com um total de sete mortes nesta semana./AFP
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